Início da guerra tarifária afunda bolsas europeias

O início da guerra tarifária desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou as bolsas europeias a abrirem com quedas de cerca de 2%, seguindo a tendência das bolsas asiáticas, que fecharam com fortes descidas.
Às 9.20 horas de ontem (2) em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 1,38% para 529,49 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 1,12%, 1,65% e 1,71%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 1,04% e 1,65%.
A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 9.20 horas o principal índice, o PSI, subia 0,57% para 6997,54 pontos.
Na abertura do mercado, com o euro a valorizar-se fortemente face ao dólar, com uma subida de 1,19%, e a cotar-se a 1,096 unidades, a bolsa europeia que mais caiu na abertura foi a de Milão, 2,84%, seguida de Frankfurt, 2,77%; Paris, 2,14%; Madrid, 1,52%; e Londres, 1,34%.
As tarifas de 25% sobre os automóveis, camiões ligeiros e peças automóveis exportados para os EUA entraram em vigor esta quinta-feira, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já afirmou que a Europa está “pronta a responder” à imposição de tarifas e está a trabalhar em novas medidas.
Na Ásia, o principal índice da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, caiu 2,77% depois do anúncio das tarifas por Trump, enquanto o índice de referência da Bolsa de Xangai perdeu 0,24%, o da de Shenzhen cedeu 1,4% e o Hang Seng, prestes a fechar, caiu quase 2% e o índice de referência da Bolsa de Seul, o Kospi perdeu 0,76%.
Muitos dos líderes dos países afetados pelas novas tarifas já ameaçaram retaliar, o que pressagia, salvo bom senso e negociações, uma guerra comercial generalizada, o “pior cenário possível” para os mercados acionistas mundiais, observam analistas da Link Securities citados pela agência Efe.
JN/MS
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