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Hackers russos travam produção mundial de carnes

Hackers russos travam produção mundial de carnes

A maior empresa de processamento de carnes no mundo, JBS, foi alvo de um ciberataque, paralisando várias operações nas fábricas da Austrália, Canadá e Estados Unidos da América.

O ataque foi do tipo ransomware, que bloqueia sistemas informáticos até as vítimas pagarem um resgate. A empresa de processamento de carnes informou a Casa Branca na terça-feira passada, que o “pedido de resgate veio de uma organização provavelmente baseada na Rússia”. O FBI, polícia federal dos Estados Unidos da América, confirmou esta quarta-feira, em comunicado, que o ataque foi atribuído ao grupo de origem russa, REvil, que está ligado aos maiores ciberataques dos últimos meses.

O comunicado avança ainda que o FBI está a “trabalhar diligentemente para levar os autores da ameaça à justiça” e continuam a “concentrar os esforços em impor riscos e consequências e responsabilizar os cibercriminosos responsáveis” por este ataque.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, os EUA estão a avaliar todas as opções para lidar com este ataque e acrescenta que o presidente Joe Biden pretende discutir este assunto com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no encontro a 16 de junho na Suíça, pois, de acordo com a porta-voz, o presidente dos EUA acredita que Vladimir Putin “tem um papel a desempenhar para deter e prevenir estes ataques”.

O ataque provocou a suspensão de um quinto da produção de carne nas fábricas dos Estados Unidos da América e afetou igualmente as fábricas da Austrália e do Canadá, o que pode gerar impactos significativos nos maiores clientes da empresa, os supermercados e os restaurantes de fast-food McDonald’s.

A empresa de processamento de carnes assegurou que várias operações iam ser retomadas na quinta-feira nas empresas dos EUA, tendo já sido restabelecidas na quarta-feira outras operações ligadas aos locais de produção de carne de vaca, porco, aves e alimentos preparados. Na Austrália, as operações foram retomadas de forma limitada na quarta-feira, nos estados da Nova Gales do Sul e Vitória, e na quinta-feira iam ser restabelecidas as atividades na fábrica do estado de Queensland.

Este tipo de ciberataque já tinha sido registado no mês passado na empresa norte-americana Colonial Pipeline. O ataque provocou a paralisação das operações do Oleoduto Colonial, o maior oleoduto de produtos petrolíferos refinados dos EUA, durante quase uma semana, o que levou a longas filas de trânsito nos postos de gasolina do sudeste dos Estados Unidos da América.

A empresa de oleodutos confirmou mais tarde que pagou um resgate de 4,4 milhões de dólares (3,6 milhões de euros) aos ‘hackers’ para desbloquear os sistemas. Os investigadores revelaram que o ataque estava também relacionado com um outro grupo com ligações à Rússia, o DarkSide.

Dias depois deste ataque, o Departamento de Saúde da Irlanda e o “Health Service Executive”, que controla o sistema nacional de saúde do país, foram também alvos de um ataque ransomware. O ataque provocou “cancelamentos em todos os serviços ambulatórios e um cancelamento generalizado de serviços de radiologia”, segundo avançou o serviço de saúde no seu website.

JN

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