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FMI diz que pandemia reverterá progressos dos anos 90 e aumentará desigualdades

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The sign is seen outside the headquarters of the International Monetary Fund (IMF) as the IMF and World Bank hold their Spring Meetings virtually due to the outbreak of COVID-19, known as coronavirus, in Washington, DC. – The International Monetary Fund on September 16, 2020 said it had approved a $1 billion loan for Angola as its economy struggles with the Covid-19 downturn and global drop in crude prices. (Photo by SAUL LOEB / AFP)

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a pandemia de covid-19 “reverterá os progressos feitos desde os anos 1990” em termos de redução de pobreza, e aumentará a “desigualdade”, segundo as Previsões Económicas Mundiais.

“A pandemia vai reverter o progresso feito desde os anos 1990 em termos de redução da pobreza mundial e vai aumentar a desigualdade”, pode ler-se no documento divulgado esta terça-feira pela instituição financeira internacional.

Segundo o FMI, depois de uma recuperação dos efeitos da pandemia em 2021, “o crescimento mundial deverá abrandar gradualmente para cerca de 3,5% no médio prazo”, numa assunção que compara com o crescimento projetado antes da pandemia para o período 2020-2025.

A pandemia foi “um revés significativo para a melhoria esperada no nível médio de vida em todos os grupos de países”, tanto economias desenvolvidas como em desenvolvimento, afirma o FMI.

A instituição assinala que “as pessoas que dependem do seu salário diário e estão fora das redes de apoio formais enfrentaram perdas de rendimento súbitas quando foram impostas restrições à mobilidade”, incluindo os trabalhadores migrantes.

O FMI lembra que o ‘stock’ das dívidas públicas mundiais vai aumentar de forma “significativa”, e que as menores contribuições fiscais irão dificultar o serviço de dívida dos soberanos.

Os riscos para as previsões do FMI, que espera uma queda da economia mundial de 4,4% em 2020, são “anormalmente grandes” em ano de pandemia, segundo o documento.

“Uma primeira camada [dos riscos] relaciona-se com o caminho da pandemia, a necessária resposta da saúde pública, e as disrupções à atividade doméstica associadas, nomeadamente em setores de contacto intensivo”, sinaliza o FMI.

Uma outra fonte de incerteza “é a extensão dos alastramentos mundiais provenientes da baixa procura, turismo mais fraco e menos remessas”, assinala a instituição liderada por Kristalina Georgieva.

O fundo aponta ainda para o sentimento dos mercados financeiros e as suas implicações para os fluxos de capitais mundiais, e ainda para a incerteza ao potencial da oferta, “que vai depender da persistência do choque pandémico, o tamanho e a eficácia das respostas políticas e a extensão das falhas nos recursos”.

JN/MS

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