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Exército de Myanmar assume controlo do país e promete eleições

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Myanmar’s State Counselor Aung San Suu Kyi inspects a guard of honor during a welcome ceremony in Prague, Czech Republic, 03 June 2019 (reissued 01 February 2021). According to media reports Myanmar’s State Counselor Aung San Suu Kyi and Myanmar president Win Myint were arrested by the military in a raid on 01 February amidst reports of a coup. EPA/MARTIN DIVISEK

O Exército de Myanmar (antiga Birmânia) declarou, esta segunda-feira, estado de emergência e assumiu o controlo do país durante um ano, depois de deter a chefe do Governo, Aung San Suu Kyi. Promete organizar novas eleições.

Numa declaração divulgada na cadeia de televisão do exército Myawaddy TV, os militares acusaram a comissão eleitoral do país de não ter posto cobro às “enormes irregularidades” que dizem ter existido nas legislativas de novembro, que o partido de Aung San Suu Kyi venceu por larga maioria. E invocaram ainda os poderes que lhes são atribuídos pela Constituição, redigida pelo Exército, permitindo-lhes assumir o controlo do país em caso de emergência nacional.

“Estabeleceremos uma verdadeira democracia multipartidária”, anunciaram mais tarde, no Facebook, acrescentando que o poder será transferido depois da realização de “eleições gerais livres e justas”.

O vice-presidente Myint Swe, nomeado para o cargo pelos militares, graças à reserva prevista na Constituição, assume agora a presidência, enquanto o chefe das Forças Armadas, Min Aung Hlaing, será responsável por fiscalizar as autoridades, indicou o canal Myawaddy News.

O anúncio segue-se à detenção, horas antes, da chefe de facto do Governo birmanês, Aung San Suu Kyi, pelas Forças armadas birmanesas, segundo indicou o porta-voz do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND). “Fomos informados que ela está detida em Naypyidaw [a capital do país], supomos que o Exército está em vias de organizar um golpe de Estado”, indicou nessa altura Myo Nyunt, admitindo que outros responsáveis do partido também foram detidos.

Estas detenções surgem num momento em que o parlamento eleito nas anteriores eleições se preparava para iniciar dentro de algumas horas a sua primeira sessão.

Os militares garantem ter registado milhões de casos de fraude, incluindo milhares de eleitores centenários ou menores. No entanto, o Exército birmanês tinha afastado no sábado os rumores de um golpe militar que circulavam nos últimos dias, num comunicado em que afirmou a necessidade de “obedecer à Constituição”, e garantindo defendê-la.

Espaço aéreo encerrado

A agência governamental birmanesa responsável pelas viagens aéreas suspendeu hoje todos os voos de passageiros no país. A embaixada dos Estados Unidos em Myanmar indicou que a estrada para o aeroporto internacional de Rangum, a maior cidade do país, foi fechada, e no Twitter que “todos os aeroportos estão fechados”.

A mesma embaixada emitiu também um “alerta de segurança”, dizendo estar ciente da detenção da líder de Myanmar, Aung San Suu Kyi, bem como do encerramento de alguns serviços de Internet, incluindo em Rangum.

JN/MS

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