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Ex-presidente da Câmara de Nova Iorque admite candidatura presidencial em 2020

Michael Bloomberg, o bilionário e ex-presidente da Câmara de Nova Iorque, admite candidatar-se à campanha presidencial democrata em 2020, alegando que os atuais candidatos do partido estão mal preparados para derrotar o presidente Donald Trump, segundo um assessor.

Bloomberg tinha descartado, no ano passado, uma corrida presidencial em 2020, mas os seus assessores admitiram esta semana que o antigo ‘mayor’ de Nova Iorque tem estado em consultas com figuras proeminentes do Partido Democrata e tem exprimido dúvidas sobre a capacidade dos atuais 17 candidatos para vencerem Trump.

“Michael Bloomberg está cada vez mais preocupado com o facto de o atual campo de candidatos não estar bem posicionado para o fazer (derrotar Trump)”, afirmou Howard Wolfson, assessor do empresário, num comunicado.

Segundo este assessor, os receios de Bloomberg centram-se sobretudo na falta de firmeza do ex-vice-presidente Joe Biden, nas ideias demasiado radicais de Bernie Sanders e nas incertezas que rodeiam a senadora Elizabeth Warren, os três candidatos democratas mais bem posicionados para as eleições presidenciais de 2020, segundo as mais recentes sondagens.

Por isso, Bloomberg, de 77 anos, aceitou abrir de novo a porta a uma candidatura presidencial, no momento em que as eleições primárias no Partido Democrata entram numa fase crucial, com a aproximação dos primeiros embates, em fevereiro, nos estados do Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul.

Bloomberg – que chegou a pertencer ao Partido Republicano, se tornou independente e, em 2018, se inscreveu no Partido Democrata — admitiu uma candidatura presidencial em 2016, mas recuou para apoiar Hillary Clinton na corrida que acabaria por perder contra Donald Trump.

No ano passado, o empresário voltou a admitir uma candidatura presidencial em 2020, mas estancou a sua decisão, após uma análise de estudos de mercados que revelava uma forte posição do ex-vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden.

Contudo, os assessores dizem que, perante uma nova análise da situação política e após conversas com vários dirigentes partidários de referência, Bloomberg considera que o lado democrata se arrisca a ficar à mercê de uma nova vitória de Trump.

Dentro do Partido Democrata, os apoios têm surgido de vários setores, incluindo os que estiveram ao lado de Hillary Clinton, em 2016.

“Há pessoas inteligentes e influentes no Partido Democrata que pensam que um candidato como Bloomberg é necessário”, disse Jennifer Palmieri, que assessorou a campanha de Clinton em 2016.

Contudo, Palmieri admite que “não há evidências de que os eleitores comuns nos estados de Iowa e New Hampshire sintam o mesmo”.

Os analistas consideram que uma candidatura de Michael Bloomberg nesta altura significará um risco acrescido para as ambições de Joe Biden, pela proximidade de campos ideológicos e programáticos entre os dois.

Bloomberg, que fez fortuna nos média e que tem fortes ligações a Wall Street, pode, por outro lado, energizar os apoiantes de Elizabeth Warren e de Bernie Sanders, que mostram muitos pontos de divergência com o bilionário, nomeadamente na área de política económica.

“Ele é literalmente um bilionário, que participará na corrida para impedir que os progressistas vençam”, explica Rebecca Katz, estratega democrata de Nova York.

Jornal de Notícias

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