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Europa estuda método para vacinar mais gente contra monkeypox

monkeypox - milenio stadium
MIAMI, FLORIDA – AUGUST 15: Irina Martinez, a registered nurse, administers an intradermal monkeypox vaccine to Britney Castaneda at a vaccination site setup in Tropical Park by Miami-Dade County and Nomi Health on August 15, 2022 in Miami, Florida. Miami-Dade continues to urge people to vaccinate as they work to get more vaccines now that the county has over 400 cases, which is the most in the state. Joe Raedle/Getty Images/AFP
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Estratégia pode ajudar a alargar a vacinação preventiva. Portugal já administrou cerca de 250.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) está a estudar um novo método de administração da vacina contra a monkeypox e deverá ter uma decisão até ao final da semana. A estratégia, já aprovada pelos Estados Unidos, ajudaria a que Portugal avançasse com a vacinação preventiva (antes da exposição ao risco). Até agora, em território nacional, só os contactos próximos de casos confirmados são elegíveis para vacinação. Desde 16 de julho, segundo Margarida Tavares, responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) pela estratégia de combate à monkeypox, foram vacinados entre “200 e 250 contactos”.

“Atualmente, a [vacina] Imvanex é apenas injetada por via subcutânea (debaixo da pele). O uso intradérmico (como uma injeção na pele) exigiria doses menores e mais pessoas poderiam receber a vacina”, explica fonte do regulador europeu ao JN. Na injeção subcutânea, a administração da vacina é feita no tecido abaixo da pele. Já a injeção intradérmica é na pele propriamente dita e é mais superficial.

Seria uma “solução excelente”, afirma Margarida Tavares. A médica confirma que estão a ser alteradas regras para alargar a elegibilidade na vacinação, mas aponta que a autoridade de saúde vai esperar pela decisão da EMA. “A dificuldade é o número tão pequeno de doses [só há um fabricante]. Mesmo selecionando um círculo muito restrito de pessoas de alto risco, não é fácil.”

QUINTUPLICAR DOSES

Nos Estados Unidos, o novo método vai permitir quintuplicar as doses disponíveis, segundo o regulador norte-americano. Algo semelhante pode acontecer na Europa. A médica infeciologista aponta que a decisão do regulador europeu é “muito importante”, já que uma dose de vacina poderá ser dividida em cinco, se o novo método de administração for autorizado.

A agência europeia diz estar a “analisar os dados disponíveis” para emitir uma “recomendação sobre o uso intradérmico da vacina durante a atual emergência de saúde pública”. De recordar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de monkeypox como uma emergência global de saúde pública a 27 de julho.

“Assim que a task force de emergência concluir a revisão dos dados disponíveis, emitirá uma recomendação”, afirma fonte da EMA.

A Comissão Europeia adquiriu 160 mil vacinas contra a monkeypox, sendo que 2700 chegaram a Portugal. Fonte de Bruxelas prevê ao JN que sejam entregues mais doses “em lotes até ao final de agosto”. Há ainda “dois procedimentos de aquisição conjunta que garantirão a terapêutica para casos graves de varíola dos macacos, bem como o acesso a doses adicionais de vacina”, aponta. v

Elegíveis

Em Portugal, as pessoas elegíveis para vacinação são os contactos próximos de casos confirmados. Devem estar assintomáticos e ser imunizados nos primeiros quatro dias após o último contacto.

Prevenção

O presidente do GAT (Grupo de Ativistas em Tratamentos), Luís Mendão, defende que a vacinação contra a varíola dos macacos seja preventiva, com “critérios muito objetivos”, como ter tido uma infeção sexualmente transmissível nos últimos três meses.

Só há uma vacina

A vacina Imvanex ou Jynneos (como é designada nos Estados Unidos) é fabricada pela empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic. É a única disponível no mercado internacional até à data para travar a monkeypox.

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