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Espanha volta a debater tipo de máscaras após decisão da Alemanha

Espanha volta a debater tipo de máscaras-
FFP2 face masks and a face shield are pictured on a Covid-19 intensive care unit at Klinikum Rechts der Isar hospital in Munich, southern Germany on January 25, 2021. – Germany has recorded over two million coronavirus cases since the start of the pandemic, and more than 50,000 deaths. (Photo by LENNART PREISS / AFP)

 

O debate sobre a eficácia dos diferentes tipos de máscaras de proteção respiratória foi reaberto nos últimos dias em Espanha, depois da decisão da Alemanha de tornar obrigatória a utilização de máscaras FFP2 nos transportes públicos e lojas.

O responsável máximo do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias, Fernando Simón, afirmou na passada quinta-feira que a proteção respiratória pode ser obtida “com diferentes tipos de máscaras ou combinações”.

As máscaras FFP3 são “as mais eficazes” quando uma pessoa quer proteger-se a si própria e a FFP2, “um pouco menos eficaz, mas altamente eficaz, mais do que suficiente se se mantiverem todas as outras medidas” de proteção, afirmou Simón.

O epidemiologista salientou, contudo, que “se duas pessoas estiverem na mesma sala e ambas usarem máscaras, seja FFP2 ou cirúrgicas, o efeito [de proteção] é multiplicado”.

Na sua opinião, e perante o debate aberto por outros países europeus, é “sensato” aprovar a utilização obrigatória das FFP2 para pessoal de saúde e “debater” a sua utilização por toda a população.

A recomendação genérica das autoridades nacionais em Espanha é que a máscara higiénica (comunitárias que incluem as de pano) deve ser utilizada pela população saudável (exceto crianças de menos de três anos e pessoas com problemas respiratórios) e que as cirúrgicas (que incluem as FFP2) devem ser usadas pelo pessoal de saúde e contactos com pessoas infetadas.

Neste país, as comunidades autónomas têm autonomia em questões de Saúde, havendo regras muito diferentes em cada uma delas no âmbito da luta contra a pandemia de covid-19.

Por exemplo, na região da Extremadura, que faz fronteira com Portugal, as autoridades do setor da educação, determinaram o uso de máscaras FFP2 nos primeiros 14 dias depois do início das aulas.

Os políticos espanhóis utilizam todas as formas e argumentos na luta política diária, o que não facilita o trabalho da população para tentar compreender as várias possibilidades de proteção que têm ao seu dispor.

A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular (direita), recordou hoje numa conferência de imprensa que o Governo central (esquerda) criticou há alguns meses as máscaras FFP2 que a comunidade autónoma tinha distribuído gratuitamente pela população da capital espanhola.

“Agora consideram que elas são as melhores”, mas antes fomos “atacados, quando tentámos dizer aos cidadãos que era a melhor forma de se protegerem e que tinham de se habituar a elas”, afirmou.

Em França, o Alto Conselho de Saúde alertou que as máscaras comunitárias, mas também as fabricadas que não garantem uma filtragem superior a 90, são insuficientes para enfrentar os níveis de contágio mais elevados que revelaram algumas das novas estirpes de covid-19.

Este risco levou também a chanceler alemã, Angela Merkel, e os líderes regionais do país a impor o uso obrigatório de máscaras cirúrgicas ou FFP2 nos transportes públicos, lojas e serviços religiosos.

JN/MS

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