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Embaixada da Ucrânia em Lisboa recebeu dois envelopes suspeitos

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This handout picture taken and released by Ukrainian Presidential press service on September 14, 2022 shows shows the Ukrainian flag during its raising ceremony in the presence of Ukrainian president in the de-occupied city of Izyum, Kharkiv region. – Zelensky on September 14, 2022 visited the east Ukraine city of Izyum, the military said, one of the largest cities recently recaptured from Russia by Kyiv’s army in a lightning counter-offensive. (Photo by UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / ” – NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

 

A embaixada da Ucrânia em Lisboa afirma ter recebido, esta segunda-feira, dois envelopes suspeitos, tendo chamado a PSP, que está no local com meios da Unidade Especial de Polícia, disse à Lusa fonte policial.

A embaixada da Ucrânia em Lisboa confirmou à Lusa que chamou a Polícia de Segurança Pública depois de ter identificado “correspondência suspeita”.

Segundo a mesma fonte policial, o alerta foi dado cerca das 15 horas e pelas 17 horas estavam no local equipas da Unidade Especial de Polícia, nomeadamente do Centro de Inativação de Engenhos Explosivos e Segurança Subsolo, para despiste dos envelopes suspeitos.

O trânsito na Avenida das Descobertas, onde se encontram várias embaixadas, está cortado e no local estão meios da PSP a garantir perímetro de segurança.

“Hoje recebemos a correspondência suspeita que outras missões [ucranianas] já haviam recebido na semana passada”, disse à Lusa fonte da embaixada ucraniana.

A mesma fonte não soube precisar o conteúdo dos volumes trazidos por um carteiro, uma vez que os mesmos levantaram imediatamente suspeitas e não chegaram a ser abertos, tendo sido logo alertada a polícia.

As “características suspeitas” da correspondência, que o atual protocolo de segurança da embaixada determina que não podem ser aceites, tinham a ver com “o formato e o remetente”, adiantou a fonte da Embaixada.

“O pessoal viu imediatamente que [a correspondência] era suspeita, alertou a polícia e o carteiro acabou por ficar retido” nas instalações da missão diplomática, onde ainda se encontram agentes policiais “em grande número”, disse a mesma fonte.

Explosão em Espanha obrigou a reforçar segurança noutros postos diplomáticos

Na sexta-feira, gabinete do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Paulo Vizeu Pinheiro, anunciou à Lusa que as autoridades portuguesas reforçaram a proteção da embaixada da Ucrânia em Lisboa e admitem reapreciar o nível de ameaça em Portugal, após cartas armadilhadas terem sido recebidas por entidades em Espanha.

Segundo o SSI, a Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT), que funciona no quadro do Sistema de Segurança Interna, “está a acompanhar atentamente a situação” e que se encontra em “estreita articulação com os seus parceiros espanhóis, europeus e internacionais”.

“Caso, fruto dessa cooperação com Espanha e parceiros internacionais, e da nossa análise interna, se justifique uma reapreciação do grau de ameaça e segurança, serão tomadas de imediato pelas autoridades competentes as correspondentes e adequadas medidas de alerta e dispositivo de segurança”, acrescentou o gabinete do secretário-geral do SSI.

A UCAT agrega o Serviço de Informações de Segurança (SIS) – que avalia o grau de ameaça em território nacional -, a Polícia Judiciária (PJ) – que tem a competência de investigação do terrorismo –, a PSP — que faz a proteção das instalações diplomáticas e “preventivamente reforçou a proteção da Embaixada da Ucrânia em Lisboa” -, a GNR, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a Polícia Marítima e o Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED).

O SSI assegurou ainda que todas estas entidades estão “a trabalhar de forma articulada e permanente” com os parceiros internacionais, em especial com os congéneres espanhóis do SIS e da PJ.

A 30 de novembro, um homem ficou ferido sem gravidade na embaixada da Ucrânia em Madrid devido à explosão de um artefacto que estava dentro de um envelope. Desde então, já foi revelada pelas autoridades espanholas a existência de mais cinco cartas com explosivos, a última das quais na embaixada do Estados Unidos em solo espanhol.

De acordo com o secretário de Estado da Segurança do Governo espanhol, Rafael Pérez, os outros envelopes com explosivos intercetados na última semana foram enviados para o primeiro-ministro, a ministra da Defesa, um centro de satélites e uma empresa de armamento.

O envelope enviado ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, foi intercetado.

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