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Eleições nos EUA… Que pode acontecer se Biden sair da corrida?

Joe Biden. SAMUEL CORUM / AFP / JN

Na América vivem-se dias de dúvida sobre quem será o candidato democrata às eleições de 5 de novembro. Biden sofre pressões para desistir da candidatura, quando falta um mês para a convenção democrata, e parece cada vez mais perto de anunciar que abdicará de tentar um novo mandato na Casa Branca. Irá fazê-lo? Ou a situação vai arrastar-se até meados de agosto? E se sair, é garantido que a vice Kamala Harris irá concorrer, ou outros nomes poderão surgir? Cinco perguntas e respostas para tentar encontrar a ponta de um novelo que ninguém parece conseguir desenrolar.

Partido Democrata parece ter acionado o modo de navegação à vista nas últimas semanas, em face da incerteza sobre quem será o seu candidato às eleições presidenciais americanas de 5 de novembro. Desde a fraca prestação do atual chefe de Estado, Joe Biden, no debate com Donald Trump, que — aquele justificou com o cansaço provocado pelas viagens internacionais que realizou —, um coro de vozes se tem levantado pedindo-lhe que desista da corrida à presidência, e dê lugar a um candidato que tenha mais hipóteses de vencer o antigo Presidente republicano.

Desde o debate no final de junho com Donald Trump, em que não conseguiu atingir a prestação que desejava, a vida de Joe Biden não tem sido fácil. Os pedidos para que pondere ou mesmo desista da candidatura às eleições norte-americanas de 5 de novembro tornaram-se insistentes, abrangendo tanto angariadores de fundos como meios de comunicação social e os próprios democratas. Pelo caminho, o Presidente de 81 anos foi repetindo a vontade e a competência para continuar.

 

No rescaldo do debate, dois pesos pesados do Partido Democrata saíram em defesa do Presidente. Hillary Clinton, derrotada por Trump em 2016, escreveu na rede social X que a escolha é “muito simples”: entre “alguém que se preocupa convosco” e “alguém que só está nisto por si mesmo”. O antigo Presidente Barack Obama relembrou, na mesma rede social, que “más noites de debate acontecem”.

Porém o presidente dos EUA Joe Biden permanece “em absoluto” na corrida à Casa Branca, afirmou, esta sexta-feira, a sua diretora de campanha, apesar das crescentes dúvidas sobre a sua capacidade física e mental em assumir um segundo mandato.

“Joe Biden está mais determinado que nunca a enfrentar Donald Trump”, afirmou Jen O’Malley Dillon à cadeia televisiva MSNBC. “O presidente é o chefe da nossa campanha e do país”, acrescentou. “É claramente (…) a melhor pessoa para enfrentar Donald Trump”.

“Já escutaram vezes sem conta da boca do presidente: apresenta-se para ganhar, é o nosso candidato, e vai ser o nosso presidente para um segundo mandato”, insistiu. No entanto, a responsável reconheceu que as últimas semanas foram dfíceis para a equipa de campanha.

“Verificámos, é certo, alguma diminuição no apoio, mas é um movimento de pequena amplitude”, disse. A pressão sobre Biden para renunciar à sua candidatura e abandonar as suas aspirações à reeleição cresceu desde o debate presencial no final de junho com o seu rival republicano, do qual o líder democrata saiu com a imagem gravemente prejudicada.

Pelo menos 23 legisladores democratas (22 congressistas e um senador) pediram publicamente a Biden que renunciasse à sua candidatura e entregasse a nomeação a outra pessoa, mas o presidente tem sido persistente na sua intenção de continuar na corrida à Casa Branca.

Biden afirmou numa entrevista à BET News, publicada na quarta-feira, que reconsideraria a sua decisão de continuar a campanha para as eleições de novembro se um médico lhe diagnosticasse um problema de saúde grave. Esta foi a primeira vez que Biden admitiu renunciar à sua candidatura presidencial face à crescente pressão que tem enfrentado dentro do partido para o fazer, à qual até agora tem respondido de forma desafiadora.
EX/JN/MS

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