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Dona do Facebook vai despedir mais de 11 mil pessoas

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(FILES) This file photo taken on October 28, 2021 shows the Meta logo on a laptop screen in Moscow. – The Nasdaq tumbled early on October 27, 2022 following weak results from Facebook parent Meta, but the Dow rallied on positive reports from McDonald’s, Caterpillar and others. Meta plunged 22.8 percent as it reported much lower profits amid stagnating user numbers and cuts in advertising budgets. (Photo by Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)

 

A Meta, empresa mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou, esta quarta-feira, que vai despedir mais de 11 mil empregados, que representam 13% da sua força de trabalho. Este é o primeiro despedimento coletivo da empresa em 18 anos de existência.

“Quero assumir a responsabilidade por estas decisões e pela forma como aqui chegámos”, afirmou o CEO Mark Zuckerberg, numa carta aos empregados. “Sei que isto é difícil para todos, e lamento especialmente para aqueles que foram afetados”.

Desde que Mark Zuckerberg fundou o Facebook em 2004, a empresa do Silicon Valley tem estado a contratar constantemente empregados, num claro sinal de crescimento. No final de setembro concentrava o maior número de funcionários de sempre, totalizando 87 314 pessoas sobre a alçada da Meta. Agora, em tendência contrária, a tecnológica prepara o maior despedimento coletivo de sempre: 11 mil pessoas vão parar ao desemprego.

A investigação centrada no metaverso, bem como nas aplicações, que incluem o Facebook, Instagram e o WhatsApp, serão os departamentos mais afetados pelo corte de pessoal. Em causa estarão as despesas do grupo e a debilidade do mercado publicitário.

As plataformas suportadas pela publicidade, tais como Facebook e Google, estão a sofrer cortes orçamentais por parte dos anunciantes, à medida que estes lutam contra a inflação e o aumento das taxas de juro. Os lucros da Meta caíram para 4,4 mil milhões de dólares no último trimestre, um decréscimo de 52% em relação ao ano anterior.

“Não apenas o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macroeconómica, o aumento da concorrência e a perda de força dos anúncios publicitários fizeram com que a nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”, admitiu Zuckerberg. “Percebi isto mal, e assumo a responsabilidade por isso”, acrescentou.

Quando questinado pelo JN, o Facebook em Portugal limitou-se a fazer menção a uma publicação feita por Mark Zuckerberg em outurbo deste ano, onde o presidente executivo assumiu que “a maioria das equipas vão permanecer planas ou encolher durante o próximo ano [2023]”, devido à concentração dos investimentos “num pequeno número de áreas de crescimento de alta prioridade”, neste caso o motor de Inteligência Artificial.

“Em suma, esperamos terminar 2023 como sendo ou aproximadamente do mesmo tamanho, ou mesmo uma organização ligeiramente menor do que somos hoje”. As contratações na empresa estão congeldas até ao primeiro trimestre do próximo ano.

Como parte da indemnização, a Meta garantiu que vai pagar 16 semanas de salário-base, mais duas semanas adicionais por cada ano de trabalho. O seguro de saúde vai continuar em vigor durante seis meses.

A indústria tecnológica enfrenta uma grave crise e a Meta não é a primeira a despedir. O novo dono do Twitter, Elon Musk, despediu metade dos funcionários na semana passada.

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