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Covid… Guerra na Ucrânia… Cybercrime…

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O mundo ainda não se curou da epidemia de Covid e logo os alarmes soaram na Ucrânia, com uma guerra esperada e calculada, mas infelizmente não nos vamos ficar por aqui. O cibercrime pode ser fatal para a economia local e mundial.

Se nos cingirmos a Portugal os ciberataques aumentaram, em 2021, 85% em comparação com os anos anteriores, sendo os incidentes registados na casa dos 1500. Estes dados são oficiais e fornecidos pelo Centro Nacional de Cibersegurança. Este crime online ganhou força com a pandemia e com os vários confinamentos que, entretanto, se tiveram de impor, mas estas ameaças não se vão ficar pelos “tempos de Covid” elas vieram para se instalar, confortavelmente, nas nossas vidas. O aumento do trabalho remoto é, sem dúvida, um dos grandes responsáveis por este aproveitamento. Para termos uma ideia: destes 1500 incidentes, 300 foram ataques ao sistema bancário. Muito preocupante também foram os 750 casos em áreas governativas. Se o nosso Governo não está protegido, quem está? Os restantes foram tentativas de phishing (mensagens que tentam levar à abertura de anexos maliciosos, transferência de dinheiro ou revelação de dados pessoais), mas também de smishing (mensagens de texto nos telemóveis).

Estes cibercriminosos querem obter dinheiro fácil, mas também procuram influenciar resultados políticos. Por aqui no Canadá é exatamente igual ou pior. Estes ataques estão a acontecer exatamente neste momento e nem nos apercebemos. Por curiosidade, acrescento que a Rússia deve ser o país onde existem mais hackers cibernéticos, tendo mesmo uma organização de inteligência militar que é especialista em caos digital. Aliás, esta estrutura militar está diretamente envolvida nos ataques a rede elétrica na Ucrânia (pasme-se!) em 2015. O malware NotPetya que em 2017 foi dirigido à Ucrânia espalhou-se por todo o mundo como se sabe. Ficou também famosa a envolvência nas eleições francesas de 2017 e nos próprios Jogos Olímpicos de inverno em 2018, na Coreia do Sul.

Para tentar fazer face à inteligência russa que atrás falei, os Estados Unidos têm a sua inteligência a tentar combater os ataques cibernéticos às empresas e ao próprio governo, mas sem sucesso na grande maioria dos casos. Os exemplos de ataques são muitos, mas como será se estes criminosos conseguirem paralisar a banca? E, para além da banca, paralisarem as transações comerciais e a própria rede de internet e com isso as comunicações? Vai o mundo aguentar mais este ataque feroz, na minha opinião, muito pior que uma bomba ou pior que uma pandemia? É uma convicção quase generalizada a inevitabilidade de um grande ataque cibernético aos bancos.

Os governos, as organizações mundiais de todos os setores devem juntar-se já, criar sinergias e ser implacáveis no combate a esta fatalidade mundial. A cooperação é mais fundamental que nunca. Vamos acordar, vamos trabalhar, vamos deixar de ser egoístas, vamos ser adultos de uma vez por todas. O dia vai chegar, está a chegar e o tempo já não é muito. E esta é a machadada final no mundo que conhecemos. Sabemos que o mundo informático não é seguro, mas não têm os governantes a responsabilidade de minorar ou mesmo acabar com este problema?

Em jeito de conclusão deixo um aviso a quem lê este artigo – não partilhe nenhum dado sensível recebido por telemóvel ou no seu computador, em qualquer momento, ou em qualquer situação. Podemos estar descansados? Nem pensar! “O Cyber Crime é muito mais do que uma questão de informática”.

Vítor M. Silva/MS

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