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Congressistas ameaçados de morte no arranque do processo de destituição de Trump

epa08965224 Senate Minority Leader Mitch McConnell walks to the Senate floor from his office in the US Capitol in Washington, DC, USA, 25 January 2021. The House will deliver the article of impeachment against former US President Donald J. Trump this evening with the Senate trial scheduled to start in February. EPA/SHAWN THEW

As forças de segurança norte-americanas estão a investigar ameaças a membros do Congresso dos Estados Unidos relacionadas com o processo de destituição do ex-presidente Donald Trump, que tem início formal esta segunda-feira, nos EUA.

Segundo relatou um responsável da Administração norte-americana à AP, foram registadas ameaças de morte a congressistas e também de ataques no exterior do Capitólio.

As ameaças, a par de preocupação em relação a uma possível repetição da invasão do Capitólio a 06 de janeiro, levaram a força policial que protege a sede do poder legislativo norte-americano e outras forças de segurança federais, a requerer que se mantenham em Washington os cerca de 13.000 elementos da Guarda Nacional que ainda estão na capital, do dispositivo enviado para a investidura de Joe Biden na semana passada.

A fonte citada pela AP adianta que as ameaças registadas são semelhantes a outras interceptadas antes da cerimónia de tomada de posse de Biden, variando no grau de especificidade e credibilidade, e sendo publicadas na internet e em aplicativos de mensagens.

O Senado norte-americano irá ouvir na semana de 8 de fevereiro os argumentos iniciais do processo de destituição de Donald Trump por incitamento dos recentes motins do Capitólio, segundo anunciou na sexta-feira o senador democrata Chuck Schumer.

O acordo entre democratas e republicanos relativo ao processo prevê que os artigos de destituição de Trump sejam enviados para o Senado hoje ao final do dia, e que na terça-feira tenham início os procedimentos iniciais.

Contudo, a apresentação dos argumentos iniciais ficou agendada apenas para 08 de fevereiro, permitindo que até lá o Senado se mantenha focado nas audiências, já em curso, de confirmação dos nomeados pelo novo presidente, o democrata Joe Biden, e na discussão sobre as medidas de emergência relacionadas com a pandemia de Covid-19.

O período de duas semanas até início dos procedimentos sobre a destituição era também pretendido pelos republicanos, que pretendiam que a equipa jurídica do ex-presidente tivesse mais tempo para preparar a sua defesa.

Trump será o primeiro presidente alvo de um processo de destituição depois do final do seu mandato.

Caso seja condenado, o Senado poderá impedi-lo de voltar a assumir a Presidência.

Para condenar Trump, os democratas precisam do apoio de 17 senadores republicanos, sendo que poucos destes se mostraram favoráveis à destituição, apesar de se terem pronunciado criticamente em relação ao comportamento do ex-presidente antes e durante a invasão do Capitólio por apoiantes do ex-presidente, que consideravam fraudulenta a eleição de Biden.

Hoje, cerca das 19:00 locais (00:00 de terça-feira, em Lisboa), os artigos de destituição do 45º presidente dos Estados Unidos serão lidos perante o Senado. Antes da cerimónia, o Senado votará a nomeação da secretária do Tesouro, Janet Yellen.

JN

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