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Bebé prematura enterrada viva recuperou no hospital e “está saudável”

 

Uma bebé recém-nascida encontra enterrada, com vida, numa panela de barro, dentro de um túmulo, no norte da Índia, está totalmente recuperada, segundo os médicos.

A criança foi transportada ao hospital em estado crítico, com hipotermia, hipoglicémia, septicemia e o nível de plaquetas muito em baixo, depois de ter sido encontrada por um morador que estava a enterrar a própria filha, um nado morto, no Estado de Uttar Pradesh, em outubro. Os hindus costumam cremar os mortos, mas bebés e crianças são frequentemente enterrados.

Segundo contou às autoridades, o homem tinha cavado cerca de 90 centímetros quando a pá atingiu uma panela de barro e um choro de bebé se fez ouvir debaixo da terra. Quando tirou o objeto e o abriu, viu a menina lá dentro. Um bebé prematuro, possivelmente nascido com 30 semanas, e com apenas um quilograma e meio.

Passado mais de um mês, o balanço é positivo: ganhou peso (pesa 2,57 quilogramas), e a respiração e a contagem de plaquetas normalizaram, informou à BBC o pediatra que tem acompanhado a bebé. “Já está aceita o biberão e está totalmente saudável”, disse Ravi Khanna.​

Quanto ao período de tempo durante o qual a bebé terá estado enterrada e à razão pela qual sobreviveu, a resposta não é clara. O pediatra supõe que terá estado três a quatro dias debaixo da terra e que terá sido o tecido adiposo castanho – abundante em recém-nascidos e que ajuda no isolamento térmico e na manutenção da temperatura do corpo – responsável pelo caso inédito.

Mas outros especialistas citados pela BBC apresentam uma teoria diferente, segundo a qual a bebé só estaria enterrada à um par de horas e que, caso não tivesse sido resgatada, só sobreviveria a mais uma ou duas. Os médicos dizem ainda que havia circulação de oxigénio, devido à estrutura e material da panela e do próprio solo.

Os pais da menor, que a Polícia acredita serem os responsáveis, ainda não foram localizados, pelo que esta vai ser entregue para adoção quando o período de espera obrigatório chegar ao fim. Até lá, está sob a guarda dos serviços de assistência social locais.

As autoridades não avançaram possíveis motivos para o abandono e enterro da menina, num país onde há muita desigualdade de género, a níveis social, político e económico. As mulheres são frequentemente discriminadas socialmente e as meninas são vistas como um fardo financeiro, especialmente entre as comunidades pobres.

Jornal de Notícias

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