“Ataque cirúrgico” de Israel mata um comandante do Hezbollah
O comandante de uma unidade de elite do Hezbollah foi morto, esta sexta-feira, num “ataque cirúrgico” das forças israelitas nos arredores de Beirute, disse uma fonte próxima do grupo libanês pró-iraniano.
“O ataque israelita teve como alvo o chefe da força Al-Radwan, Ibrahim Aqil, que foi morto”, disse a fonte não identificada à agência francesa de notícias AFP. O Ministério da Saúde libanês informou em comunicado que o ataque provocou pelo menos três mortos e 17 feridos.
Ibrahim Aqil era o número dois do poderoso grupo militar do Hezbollah. O chefe militar, Fouad Chokr, foi morto num ataque semelhante nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, em 30 de julho.
Ibrahim Aqil, conhecido por Tahsin, era procurado pelos Estados Unidos. É suspeito de envolvimento nos atentados contra a embaixada dos Estados Unidos em Beirute, em abril de 1983, que matou 63 pessoas, e contra os fuzileiros navais norte-americanos, em outubro do mesmo ano, em que morreram 241 militares.
O canal al-Manar do Hezbollah transmitiu imagens em direto do local do atentado, mostrando um edifício desmoronado e ambulâncias a acorrer para transportar os feridos em macas.
A agência noticiosa oficial libanesa (ANI) afirmou que “um ataque inimigo teve como alvo um apartamento num edifício residencial na zona de al-Jamous, nos subúrbios do sul”.
O “ataque cirúrgico” foi confirmado antes pelo exército israelita num comunicado em que não foram revelados pormenores sobre a ação, incluindo os meios utilizados. O ataque ocorreu depois de o Hezbollah ter bombardeado Israel, esta sexta-feira, com 140 foguetes.
A ação do Hezbollah seguiu-se ao ataque contra o equipamento de transmissão do movimento islamita libanês, que deixou 37 mortos e mais de três mil feridos na terça e na quarta-feira, no Líbano.
Devido à crescente tensão entre Israel e o Líbano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiou por um dia a partida para Nova Iorque, inicialmente prevista para 24 de setembro, para participar no debate anual da Assembleia Geral da ONU, disse uma fonte do seu gabinete à AFP.
“Para já, o primeiro-ministro deverá deixar Israel na quarta-feira, 25 de setembro, em vez de terça-feira, 24 de setembro”, acrescentou.
JN/MS
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