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Ambições do Acordo de Paris para as alterações climáticas estão em perigo

Na abertura dos trabalhos, hoje, na capital do Azerbaijão a ONU voltou a sublinhar que 2024 vai “tornar-se quase de certeza” no ano mais quente desde que há registo. 

“De janeiro a setembro de 2024, a temperatura média global do ar à superfície foi 1,54 graus centígrados acima da média pré-industrial”, refere um novo boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência das Nações Unidas.

O organismo sublinhou que o aquecimento a longo prazo medido ao longo de várias décadas permanece abaixo do limite de 1,5° centígrados mencionado no Acordo de Paris de 2015.

A 29.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) inicia-se hoje em Baku, no Azerbaijão, tendo como um dos principais objetivos determinar o financiamento para a ação climática.

A reunião, que decorre até dia 22, deve ficar marcada pelas negociações do chamado “Novo Objetivo Quantificado Coletivo” (NCQG na sigla em inglês).

O propósito é estabelecer um novo valor da ajuda financeira Norte-Sul para a luta e adaptação às alterações climáticas, um ano após o acordo sem precedentes entre países de todo o mundo a favor de uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis na COP28.

Delegações de quase 200 países vão estar presentes na cimeira, que deve contar com cerca de 50 mil participantes.

A COP29 fica marcada pela ausência dos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, bem como da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entre líderes de vários países que tradicionalmente participam nas negociações.

JN/MS

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