Comunidade

Toronto escutou os sinais de Alceu Valença

A cidade compareceu em peso ao show com Arraiá especial

A equipe do Jornal Milénio Stadium escutou os sinais de Alceu Valença e foi ao encontro desse artista extremamente importante para a música popular brasileira. Além desse show que esgotou os tickets em pouquíssimo tempo, as pessoas puderam curtir um Arraiá especial em pleno agosto, com muita comida, dança, música, vestuário e decoração típica.

Escutamos as pessoas, os organizadores do evento e ainda batemos um papo muito especial com a estrela da noite, Alceu Valença.

Angela Mesquita, uma das grandes organizadoras de eventos que envolvem a comunidade brasileira, falou da expectativa desse grande show. “Para nós é uma honra imensa trazer um artista como o Alceu, que é um ícone da música popular brasileira. Ele, que já recebeu muitos Grammy Awards, está aqui pra fazer um show especial para Toronto e logicamente que a expectativa é muito grande. Só para se ter uma ideia, a festa nem começou e o salão já está lotado, e ainda falta gente pra chegar, porque estamos esperando mais de 1200 pessoas. Eu tenho certeza que vai ser um momento maravilhoso”.

Angela também comentou qual o sentimento que desperta por fazer parte da história cultural de Toronto. “Artista do calibre de Alceu Valença só traz mais enriquecimento para a nossa cultura na cidade. E a gente, como organizadores desse tipo de evento, sente um orgulho muito grande por saber que nós estamos formando uma história”.

Rafael Terzarolli, parceiro de Angela em eventos e um dos que fizeram acontecer esse lindo momento para a comunidade brasileira, esteve com o artista assim que ele pousou na cidade e falou do sentimento de Alceu. “Eles estão super animados porque eles estão vindo de uma turnê nos EUA, onde foram realizados grandes shows por lá, e Toronto, apesar da nossa comunidade não ser tão grande quanto nos EUA em termos de número de pessoas, nós estamos entre os de maior número de público. É impressionante”!

As pessoas aproveitaram, antes do show, pra dançar muito ao ritmo junino de São João e aproveitaram também para mergulhar na cultura brasileira do norte e nordeste do país.

Houve também apresentação de grandes músicos brasileiros, mostrando o forró e outros gêneros musicais, como o axé e o samba rock.

O que não faltou também foi opção de comida: pão de queijo, a famosa coxinha, pastel, bolo de milho, churros e muito mais. Presente também estava a bebida tradicional brasileira, a famosa caipirinha.
O público estava muito animado, brincando, dançando e fazendo uma grande roda, característica marcante da festa junina.

Lia Maldaner, morando no Canadá há sete anos, comentou o sentimento de estar presente neste grande dia. “Eu estou amando! Tudo está muito lindo, e parece que estou no Brasil. Eu amo o Alceu Valença desde que eu me entendo por gente, e quando soube que ele iria fazer show por Toronto, apesar de morar numa cidade próxima daqui, eu já me programei para estar presente nesse momento único. Então estou super animada.”

Antes do show, Alceu Valença concedeu uma entrevista muito descontraída em seu camarim. Ele que é formado em Direito e Jornalismo, sem apoio dos pais para galgar a carreira artística, falou como tudo começou. “Eu incluí uma música que eu fiz, chamada “Acalanto para Isabela”, para participar de um Festival, e cantei no Maracanãzinho. Depois disso eu me formei na faculdade, larguei tudo e fui para o Rio de Janeiro tentar a carreira artística. Conheci Geraldo Azevedo, nos tornamos parceiros e acabamos por fazer um disco juntos. Fiz um filme depois de um tempo chamado “A noite do espantalho”, um filme de Sérgio Ricardo, que inclusive ganhou um Cannes, entre outros prêmios. Depois eu fiquei um tempo em Recife, e uma gravadora muito grande me viu e foi aí que tudo começou, eu apareci para o Brasil”.

Perguntamos para o Alceu se ele mensura a importância que ele tem por trazer um certo acolhimento à comunidade brasileira através da sua música para o público que mora fora. “É uma maravilha porque eu vou me encontrar com os brasileiros daqui, aliás, os brasileiros que moram fora dão muito mais valor quando não estão no seu país de origem, porque apesar dos pesares, o Brasil é um país arretado. O próprio Tom Jobim – maestro e compositor brasileiro – falava que morar fora do país era ruim mas era bom, e estar no Brasil era bom mas era ruim”.

Alceu Valença acolheu todo o público em seu show e trouxe um pouquinho de Brasil para aqueles que estão longe de casa e dos entes queridos. Trouxe calor humano, alegria e energia lá em cima, aos seus 73 anos de idade. Diversão e cultivação da cultura brasileira andaram de mãos dados no último domingo (4).

Adriana Marques

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