Todos juntos pelo sorriso de Adriana
A Adriana sempre foi uma menina feliz e cheia de energia. Infelizmente, aos 23 anos a sua vida mudou. Começou por se sentir muito fraca, sem energia. No dia 13 de maio de 2018 foi-lhe diagnosticada leucemia.
“Foi para o Hospital de S. João, no Porto, esteve lá seis meses, a fazer tratamentos. Fez quimioterapia e reagiu bem às primeiras sessões, mas depois começaram a aparecer algumas complicações – fraqueza, não se segurava, caiu o cabelinho todo, como é normal…”, contou ao nosso jornal o pai da jovem, Manuel Barreiras.
Para além disto, Adriana sofreu ainda um derrame cerebral. “Os médicos chegaram a dizer que ela não tinha hipótese, mas graças a Deus ela reagiu… e depois disso tudo estava tudo a correr bem”, disse Manuel Barreiras.
Graças à compatibilidade da sua irmã mais velha, Adriana pôde fazer o transplante de medula que necessitava e, cerca de um mês depois, pôde voltar para casa. Apesar de tudo parecer estar a melhorar, em outubro do ano passado Adriana começou novamente a sentir-se fraca e foi, mais uma vez, encaminhada para o Hospital de S. João. A leucemia teimava em não desaparecer e, por isso, os fortes tratamentos de quimioterapia voltaram.
“Entretanto apareceu um tratamento novo e que até já tinha sido feito aqui no Canadá, em Lisboa e em Coimbra – no Hospital de S. João nunca tinha sido feito, foi ela a primeira. Foi a cobaia!”
Adriana aceitou fazer este tratamento inovador que, infelizmente, teve muitas complicações.
“Fez febre, diarreia, vómitos, um esgotamento… Ainda hoje está no hospital porque não reagiu bem ao tratamento. A médica pensava que ia ser eficaz, mas não foi. Posso dizer que a minha filha, hoje, é uma menina de 2 anos. É preciso fazer-lhe tudo”.
Para além do sofrimento psicológico, também as despesas associadas ao tratamento da Adriana assumem um grande peso na vida dos pais da jovem.
“Ela esteve a tomar umas injeções diárias que cada uma custava 75€. Tinha umas caixas de comprimidos, tomava uma caixa por semana, custava 50€. Fora a alimentação que tem de ser própria para ela – até o próprio pão tem de ser embalado. Não pode comer nada aquecido. É uma alimentação muito rigorosa. Quando ela está em casa gastamos entre 100 e 200 euros por semana, dependendo da medicação que ela toma.”
Por tudo isto, Gilda Cardoso e Lina Felgueiras decidiram organizar um jantar, que teve lugar no dia 30 de março na Casa das Beiras, e que teve como objetivo de angariar fundos para a aquisição de equipamentos, ajuda no tratamento e também para melhorar as condições de vida da Adriana.
Nesta iniciativa, que esgotou as reservas em apenas duas semanas, estiveram presentes cerca de 300 pessoas.
“Esta noite tivemos muitos sorteios e leilões silenciosos feitos com mais de 70 doações. Tivemos muita ajuda – tanto da comunidade como de patrocinadores, muitos donativos pessoais e foram vendidos quase 400 livros de rifas. Já tínhamos à volta de 15 mil dólares em donativos mesmo antes da festa.” – Gilda Cardoso
Se também quiser contribuir para esta causa entre em contacto com uma das organizadoras.
Lina Felgueiras 647 972 6529
Gilda Cardoso 416 8267737
Inês Barbosa
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