Comunidade

MP Peter Fonseca reafirma inexistência de projeto piloto para indocumentados

Humberta Araujo

Na sequência da conferência de imprensa da UWC, questionámos, uma vez mais, Peter Fonseca sobre este assunto. O deputado Liberal reiterou a posição, que já havia veiculado em entrevista ao Milénio tendo confirmado a inexistência de um projeto piloto aprovado, legislado e posto em prática, dizendo-se admirado com a insistência do UWC, sobre o mesmo.

Peter Fonseca, reafirmou, contudo, que foram e continuam a ter lugar contatos com sindicatos, empresas e indivíduos, com vista a um levantamento da situação, a qual poderá, numa primeira etapa, permitir um conhecimento real dos números e do status quo.

Estes dados, segundo Fonseca, podem vir a levar à formulação de um programa/projeto, à luz de outros existentes, e dentro de propostas apresentadas, que possibilite, em parte, a solução para alguns indocumentados, nomeadamente, os trabalhadores temporários, no setor da construção.

“Continuámos a estudar todas as possibilidades e a analisar a experiência do projeto piloto das regiões atlânticas canadianas, e mesmo da Columbia Britânica, para uma possível adaptação à nossa realidade, e assim permitir uma saída legal para os trabalhadores temporários, e colmatar a falta de mão de obra existente.”
Confrontado com e-mails, os quais foram tornados públicos na referida conferência de imprensa, entre Peter Fonseca e um dos membros da UWC, Manuel Alexandre, que referem o envio de pacotes com candidaturas de trabalhadores indocumentados ao projeto piloto para o escritório de Peter Fonseca, o deputado Liberal mostrou-se um tanto ou quanto surpreso, dizendo mesmo conhecer pessoalmente, o advogado, Richard Boraks, de cujo escritório os envelopes foram enviados. Recorde-se, que a direção do “Undocumented Workers Committee”, tem insistido publicamente, que esta correspondência se refere a candidaturas de pessoas indocumentadas, para o projeto piloto.
De recordar, que o Milénio já falou com diversas pessoas indocumentadas, que afirmam ter pago $1000 dólares, para se candidatarem a este projeto, através dos serviços deste mesmo conselheiro/advogado, com a promessa de ficarem legais.

Apesar da insistência da jornalista, numa posição oficial do atual Ministério da Imigração sobre o assunto, complementada com informação sobre o paradeiro desta documentação recebida por Peter Fonseca, e em que fase prática se encontra uma possível saída para este imbróglio, nada até ao momento.
Caros leitores/as ficamos por aqui. Resta-nos esperar que os encontros entre os primeiros-ministros de Portugal e do Canadá deste fim-de-semana tragam algo de positivo para os/as indocumentadas, que não seja simplesmente um pequeno remendo, para emendar mais um buraco deixado pelos governos, nesta esburacada manta de retalhos.

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