Comunidade

Maló de Abreu em Toronto: Rede consular necessita de “grande reforço”

psd - casa do alentejo - milenio stadium

 

O deputado social-democrata eleito pelo círculo de fora da Europa, Maló de Abreu encontra-se no Canadá para cumprir a promessa feita ainda em tempo pré-eleitoral – voltar a este país para tornar a estabelecer contacto com a comunidade portuguesa aqui residente. A secção do PSD Toronto, convocou os jornalistas para um encontro na Casa do Alentejo, com o deputado, que foi eleito nas últimas eleições legislativas. Laurentino Esteves, presidente do PSD Toronto, lembrou que, efetivamente, esta visita tinha ficado prometida e registou com agrado que está a ser cumprida.

E segundo o próprio deputado, Maló de Abreu, a ideia será voltar mais vezes “gosto muito do Canadá e gosto muito desta comunidade que se encontra espalhada neste país e, certamente, voltarei ao Canadá mais do que uma vez todos os anos, porque preciso de visitar outros locais. Agora só tive oportunidade de estar em três cidades, mas com certeza que há comunidades espalhadas pelo país inteiro e eu tenho que estar presente porque a minha linha de pensamento é de proximidade. Estar próximo das pessoas, ouvir as pessoas, falar com elas e percebê-las”. O deputado fez ainda questão de referir que para lá do simples cumprir de missão há o gosto pessoal em desempenhar as funções para que foi eleito – “não é por obrigação, não é por só para cumprir o dever é porque eu gosto do que faço. Eu gosto de ser deputado pela imigração que vive no círculo fora da Europa. Às vezes fugimos da palavra imigração. Eu gosto de ser o representante das nossas pessoas, da nossa comunidade. Gosto de os ouvir, gosto estar próximo, gosto de estar com eles”.

O deputado social-democrata, nesta visita ao Canadá, teve oportunidade de, em Otava, se encontrar com o atual Embaixador de Portugal com quem mantém uma “relação antiga”. A este respeito, Maló de Abreu referiu que “já tinha encontrado o Sr. Embaixador, há muitos anos, noutros postos em que ele esteve. E, portanto, foi fácil conversar com ele e perceber a vontade que tem de dar resposta às necessidades. Depois fui também a Montreal onde tive dois encontros muito interessantes, um deles com o único Conselheiro das Comunidades Portuguesas que é eleito pelo Canadá. E é pena que seja só um conselheiro das comunidades portuguesas, porque o Conselho das Comunidades Portuguesas é um órgão muito importante a que, infelizmente, os Governos de Portugal, este, o anterior ou outro, o que quer que seja, têm dado pouco valor, porque ouvem-no, mas não o escutam. E tive muito gosto também em estar em Montreal, porque estive com a lusodescendente, a luso-canadiana, Alexandra Mendès, que é deputada e vice-presidente do parlamento canadiano, com quem tive uma excelente conversa”.

A rede consular e a sua deficiente resposta às necessidades mais básicas da comunidade foi identificada como um dos maiores problemas que o preocupam enquanto deputado, já que necessita de “um grande reforço” e acrescentou “a rede consular é Portugal. É como se fossem as nossas artérias que irrigam a ponta dos nossos dedos, quer dizer, onde houver uma boa comunidade portuguesa, tem que haver um bom consulado que dê respostas rápidas, céleres às necessidades das pessoas. Não podem ser sítios onde, para fazer uma marcação do que quer que seja, demoram semanas, meses. Hoje, com as novas tecnologias é possível ter o consulado no telemóvel, mas isso pode não dar resposta às pessoas. Se não houver gente no consulado a atender o telefone, a receber as pessoas, a conversar com as pessoas, a ajudar a resolver os problemas… é para isso que existe, para estar ao serviço dos portugueses. Com respostas prontas, rápidas e personalizadas”.

Consciente do papel do associativismo na diáspora, Maló de Abreu revelou uma outra situação que o preocupa e que tudo fará para ajudar “um segundo aspeto é o do associativismo. Com a pandemia, muitas associações que viviam do seu dia a dia, das pessoas frequentarem as associações, de estarem presentes, de se juntarem, em muitos lugares, em muitos países, em muitas cidades, em muitas regiões foram abaixo, têm muitas dificuldades. Estou numa casa que é a Casa do Alentejo, que tem uma extraordinária atividade que eu aproveito para saudar, mas muitas associações têm tido muitas dificuldades, muitas fecharam no mundo e as associações têm que poder contar com um reforço muito forte do apoio ao seu ativismo junto das comunidades portuguesas, porque são essas associações que permitem que a cultura portuguesa se mantenha presente na comunidade, que as nossas tradições se mantenham, que se fale que a língua portuguesa em muitos sítios”.

A esse respeito e questionado pelo Milénio Stadium sobre o que pensa fazer para ajudar, Maló de Abreu respondeu – “vou abordar o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros muito brevemente sobre estes assuntos. Vou estar muito atento ao Orçamento Geral do Estado e à verba que será disponibilizada para a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e farei propostas. Se não houver verbas suficientes, farei propostas para um reforço das verbas nestas áreas”.

Madalena Balça/Carmo Monteiro/MS

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