Deputados do PS: Francisco César e Pedro Vaz em Toronto
Os deputados Francisco César, recém-eleito Presidente do Partido Socialista/Açores, e Pedro Vaz, secretário nacional para a organização do PS, estiveram recentemente em Toronto, numa visita de trabalho. Segundo Pedro Vaz “qualquer partido político tem que ter a capacidade de saber o que é necessário nas suas diversas secções e de tentar perceber como é que podemos trabalhar em conjunto. E objetivamente, são já demasiados anos em que falamos destas coisas na altura das eleições e depois vêm as eleições e nunca mais se fala. Nós estamos cá agora, não vai haver eleições para a semana nem daqui a 15 dias, nem daqui a um mês. Portanto, nós estamos cá depois de eleições para ver se nos organizamos melhor e nos aproximamos”. A ideia é ouvir a comunidade portuguesa aqui residente e ouvir a estrutura local do partido que Francisco César classificou como “uma das mais bem organizadas, fora do território nacional”.
Ambos os políticos defenderam a importância de se dar mais atenção aos portugueses que vivem fora do seu país, daí que o novo presidente do PS/Açores tenha a intenção de criar na organização interna do partido, a nível regional, um departamento dedicado às comunidades açorianas da diáspora. Na sua intervenção César, que será nas próximas eleições candidato a Presidente do Governo Regional, lembrou que “os Açores têm um grande potencial na sua economia podendo ser um fator de atração ao investimento por parte dos açorianos espalhados pelo mundo. São três as áreas em que os Açores começam a ser reconhecidos – a agricultura, as pescas e o turismo. No caso da agricultura, temos bons produtos, mas temos que acrescentar mais valor a estes produtos. Isso só pode ser feito através da investigação e desenvolvimento. No caso das pescas, ao contrário do que se pensa, os Açores não são uma terra de muito peixe porque tem uma plataforma continental muito pequena. Tem uma plataforma que tem a ver com a Crista central atlântica, que faz com que nós tenhamos bom peixe, mas não muito peixe. E a União Europeia está a impor-nos um conjunto de regras ao nível de reservas de preservação ecológica, que faz com que cada vez haja menos espaço para pescar numa zona que é talvez a maior zona da Europa, do ponto de vista de mar. Temos que pescar melhor, no momento certo, na altura em que há mais procura e as espécies corretas. E temos o turismo e neste setor nós temos que apostar num turismo diferente, não podemos massificar o turismo. Tem que ser um turismo de qualidade, que acrescente valor. Bom, nestas três áreas é possível investir nos Açores e é bom que gente de fora invista, gente que acrescente conhecimento”. Reforçando a ideia da importância dos Açores para os potenciais investidores, Francisco César lembrou ainda que “nós somos a porta de entrada da Europa. Os Açores são uma terra de oportunidade única, mas a última coisa que eu quero é que a gente continue sempre a ser terra de oportunidade e nunca verdadeiramente a terra do desenvolvimento. E nós temos que trabalhar para deixar de ser a terra da oportunidade e passarmos a ser a terra do crescimento e do desenvolvimento”.
ps
Por seu turno, Pedro Vaz também assumiu a importância da estrutura do Partido Socialista, a nível continental, seguir as pisadas da estrutura do PS/Açores e criar um departamento que até aqui nunca existiu “um departamento ou um gabinete, onde nós teremos também pessoas dedicadas a trabalhar com as nossas secções da diáspora e também com o Departamento da Diáspora ou das Comunidades do PS Açores. Porquê? Os recursos são sempre escassos em todas as organizações e aquilo que nós agora queremos fazer é dinamizar a nossa organização da diáspora. Eu tinha já conversado com os coordenadores das nossas estruturas todas da diáspora, e tínhamos já decidido que iríamos fazer uma reunião com todos. Nesta minha visita a Toronto, quero também partilhar algumas das ideias com a estrutura local para depois podermos então passar a trabalhar de forma concertada, para conseguirmos que o PS seja uma estrutura política cada vez mais forte. Sempre com a intenção de mostrar que para nós onde há um português há Portugal e por isso todos têm que ser ouvidos e considerados”.
MB/MS
Fotos: Luciano Paparella Jr.
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