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Comité dos Trabalhadores Indocumentados escreve carta ao primeiro- ministro

A pressão continua para relembrar os problemas dos indocumentados portugueses no Canadá

O Milénio Stadium recebeu do Comité dos Trabalhadores Indocumentados de Toronto uma carta e cópia do documento enviado ao primeiro-ministro, Justin Trudeau, que aqui se publicam na íntegra.

Comité dos Trabalhadores Indocumentados escreve carta ao primeiro-ministro

“A pressão continua para relembrar os problemas dos indocumentados nesta província ao primeiro-ministro Justin Trudeau, via Honourable Bill Davis, antigo Premier desta província, e amigo da família Trudeau.
Desistir não está no nosso dicionário, como afirma o nosso hino nacional: Contra os canhões marchar, marchar! Desta forma, queremos resolver os problemas dos indocumentados, através do seu reconhecimento, para que a sua situação venha a ter uma resolução positiva .
Na grande maioria dos casos, os indocumentados pagam taxas, não têm qualquer registo criminal, e não tiram trabalhos aos canadianos. E ngrandecem este país e mesmo assim não têm quaisquer benefícios do sistema de saúde.
Como se sabe, para se obter o estatuto de residente permanente é necessário saber falar e escrever inglês ao nível do quinto ano. Tal se torna muitíssimo difícil para muitos de nós, que não sejam de origem anglofone ou francófona.
Após muitos debates com vários ministros da imigração, achamos que o requerimento da língua inglesa não é a via directa para se ter sucesso neste país. O sucesso vem através da diligência, do trabalho intenso e da vontade de se afirmar na vida, sem ter de recorrer aos sistemas de assistência social. Estes foram vários pontos de discussão apresentados aos ministros. Em contrapartida, todos concordamos, que se tivermos conhecimentos da língua inglesa, tudo se torna um pouco mais fácil, pois não se fica tão dependente de outras pessoas. Mas, como referi anteriormente, esta não é a via directa para se ter sucesso neste país, pois o sistema de assistência social, tem muitos indivíduos que nasceram e cresceram neste país, e que falam muitíssimo bem o inglês.
Finalmente, estamos a ter o apoio dos media. Desta forma, está chegada a hora, para que todos juntos, sejamos uma voz activa a favor daqueles que não podem falar.
Um ponto que é importante diferenciar, relaciona-se com os termos ilegais e indocumentados.
Ilegal, para mim, são os aliens, que não nasceram neste mundo; Indocumentados, são aqueles que devido a regras deste mundo, não têm documentos do país aonde se encontram, ou onde se estabeleceram.
É necessário fazermos o mais possível para que este país continue a ser o brio deste mundo. O objectivo do nosso grupo é pressionar o governo actual, para que o nosso PM divida a compaixão que tem para com os combatentes do ISIS (grupo de ideologia extrema e chamado terrorista), a recebê-los para trás, e que seja dada prioridade àqueles que descontam, que contribuem para o sistema social desta nação, sem quaisquer benefícios.
Este é um ponto importante de referir, pois a benevolência pode desta forma ser dividida, para benefício de todos.
O Projeto Piloto, foi trabalhado por vários membros da comunidade e aperfeiçoado por colaboração de vários MPs. Quero reconhecer um grande trabalho e esforço que o nosso MP Peter Fonseca tem feito ao longo de ano e meio, mas que por qualquer razão, se afastou um pouco. Mas nós continuamos na luta, até que o Pilot Project desenhado, seja implementado, a nível federal.
Entristece-me quando alguém me telefona a pedir ajuda após terem recebido a carta de deportação. O último casal residia neste país há 5 anos e, dentro de um mês e qualquer coisa, teve que vender a casa, os carros, e acabar com contractos de trabalho que tinha com vários clientes . Casal ideal para desenvolver este país e dar emprego a outros. Circunstâncias destas afectam qualquer pessoa, o que por vezes nos faz irritar e falar mal do governo.
Muitas vezes me dizem: “deixam entrar aqueles que exploram o sistema social, e aqueles que contribuem, são deportados.”
Eu por agora vou terminar, mas na certeza porém que continuarei a dar notícias e a pressionar os dirigentes desta nação, por via seja de quem for.
Votos sinceros”

Manuel Alexandre - UWC Chair

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