Editorial

O “verdear” da Terra

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As alterações climáticas tornaram-se sinónimo de parábolas sobre o fim do mundo. A composição da terra está em mutação, com o gelo a derreter e tempestades extremas, mas isto é diferente dos fenómenos cíclicos dos padrões climáticos? Muitos concordam, ao passo que outros sugerem que os teóricos da conspiração enlouqueceram. Provavelmente a verdade encontra-se no meio, mas a questão é que aqueles que acreditam no fim do mundo radicalizaram-se e farão de tudo para garantir que as suas vozes são ouvidas. Como é que vamos reverter os problemas que agravam as alterações climáticas e permitir que as populações ainda vivam vidas normais? Todos parecem ter uma resposta, mas a realidade é que ninguém sabe realmente o que fazer sem aderir a políticas que afetarão o coletivo. Portanto, à medida que a terra aquece e as tempestades ficam mais fortes, os defensores do clima estão desesperados para encontrar uma solução que nos salve de nós próprios. Os crescentes perigos relacionados com as mudanças climáticas que decorrem do aquecimento da Terra estão a forçar uma pesquisa acelerada sobre formas de energia alternativa que muitos sugerem serem limpas. No entanto, a pesquisa é fundamental em áreas como a tecnologia de baterias, a contenção de carbono, energia limpa, carros elétricos e geo-engenharia. Até 2050, a maioria dos países do mundo comprometeram-se a eliminar a energia carbonizada e a adotar tecnologias limpas. Embora 2050 pareça uma data distante para eliminar os combustíveis fosseis, a realidade é que esse desejo pode não ser nada mais do que um sonho a que muitos se estão a agarrar.

Um dos principais planos para transição para uma tecnologia limpa centra-se no avanço dos carros elétricos, carrinhas e outros veículos de transporte. Como principal componente dos veículos elétricos, o desenvolvimento de baterias para alimentar estes veículos é essencial. Recentemente, os EUA dispuseram 3 mil milhões de dólares americanos de financiamento para apoiar os materiais e peças que vão para as baterias. A maioria dos países desenvolvidos está em processo de implantação de sistemas para produção de veículos e muitos outros estão a tentar atualizar-se para cumprir os requisitos futuros de conformidade com os protocolos de mudanças climáticas. Os conflitos geopolíticos estão a interromper o fornecimento porque a China ainda controla grande maioria da capacidade global de processamento mineral e fabricação de elétrodos, que compõem as entranhas de uma bateria. Além disso, minerais como o lítio estão escassos, o que também pode afetar a produção.
Apesar de parecer bom ser dono de um Tesla, ainda existem vários desafios. As baterias apenas o podem levar até uma certa distância, existindo uma incerteza sobre os locais de recarregamento. Os custos para reparar carros elétricos, particularmente as baterias, são extremamente elevados. A sua substituição pode custar $20,000 e nem sempre é coberta pelo seguro.

Outro fator que pode impactar a escolha de um carro elétrico é a produção de eletricidade. Durante os períodos de ondas de calor, podem não existir redes elétricas suficientes para atender às necessidades à medida que o número de carros aumenta. Os milhares de milhões de dólares necessários para atualizar as infraestruturas para produzir eletricidade criarão um vácuo onde os cidadãos não poderão dar-se ao luxo de serem verdes. Então, como podemos acomodar aqueles que podem pagar e aqueles que não podem? Eu sou da opinião que a descarbonização completa não irá ocorrer durante muitos anos e passará a marca de 2050. Os cidadãos exigem conforto nas suas vidas, mas não a qualquer custo.

Mesmo com os avanços em carros e em tecnologia, chegar ao mundo “verde” será um desafio de grandes proporções. Os hábitos e sistemas mundiais não podem ser mudados da noite para o dia. A maioria não pensa sobre o mundo que vamos deixar para as nossas crianças, ao invés optam pelo cenário de “eles que resolvam”. A nossa história pessoal tem muito a ver com as nossas atitudes e a forma como vemos o mundo em que vivemos. Cada vez fico mais estupefacto com a quantidade de desenvolvimento económico dos bens e serviços exagerados que os países desenvolvidos do ocidente são capazes de providenciar aos cidadãos. Talvez esteja na altura de fazer uma avaliação pessoal sobre a forma como podemos ajudar a impedir o caminho do esquecimento. O exagero das necessidades de alguns tem o custo da degradação dos outros.

Seja “limpo” independentemente da cor que decida adotar. Àquele que sabe todas as respostas, ainda não lhe foram feitas todas as perguntas.

 


 

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Editorial in english

The Greening of Earth

Climate change has become synonymous with parables about the end of the world. The earth’s composition is changing with melting ice and extreme storms but is this different from cyclical phenomena of weather patterns? Many think so, while others suggest that its conspiracy theorists having run amok. The truth possibly lies somewhere in the middle, but the issue is that those who believe in the end of the world have become radicalized and will go to any length to ensure their voices are heard. How are we going to reverse the compounding issues of climate change and allow populations of the world to still live normal lives? Everyone seems to have an answer, but the reality is that no one really knows what to do without punishing policies that will affect everyone. Thus, as the earth gets warmer and storms become stronger, climate advocates are desperate to find solutions to save us from ourselves.

The raising dangers related to climate change due to warming of the earth are forcing accelerated research into alternative forms of energy that many will suggest are clean. Right now, research is pivotal in areas such as battery technology, carbon sequestration, clean energy, electric cars and geoengineering. By 2050, most countries of the world have committed to eliminate carbonized energy and adopt clean technologies. While 2050 appears to be a distant date to eliminate fossil fuels, the reality is that this wish may be nothing more than a pipe dream that many are grasping onto.

One of the main plans for transition into clean technology is the advancement of electric cars, trucks and other transportation vehicles. As the main component of EV’s, the development of batteries to power the vehicles is of paramount importance. Recently, the US committed $ 3 billion in funding to support the materials and parts that go into batteries. Most developed countries are in the process of implementing systems for production of vehicles and many others are trying to catch up to comply with future requirements of compliance with climate change protocols. Geopolitical conflicts are disrupting supply chains because China still controls the vast majority of global capacity for mineral processing and electrode manufacturing that comprises the guts of a battery. Minerals such as lithium is in short supply that could also affect production.

While it is nice to own a Tesla, a number of challenges still exist. Batteries can only take you certain distances with uncertainties about recharging station locations. Costs to repair EV’s particularly replacement of batteries are prohibitively expensive. A replacement could cost $ 20,000.00 and not always covered by insurance.
Another factor, which may influence the adoption of EV has, is the production of electricity. During periods of sustained heat waves, there may not be sufficient power grids to accommodate needs as the number of cars increase. The billions of dollars required to upgrade infrastructures to produce electricity will create a vacuum where citizens will not be able to afford the luxury of being green. So how to accommodate those who can afford and those who can’t? I am of the view that complete decarburization will not occur for many years to come and will pass 2050. Citizens demand comfort in their lives but not at any cost.

Even with advancement in car and technology, arriving at a “green” world will be a challenge of major proportions. The world’s habits and systems cannot be changed overnight. Most will not think about the world we leave for our children but rather opt for the “let them fix it” scenario. Personal history has a lot to do with our attitudes and how we view the world, we live in. More and more I am flabbergasted by the amount of economic development of exaggerated goods and services that western-developed countries are able to provide citizens. Maybe it is time for a personal check-up on how we can all help to deter the path to oblivion. Exaggeration of needs by some comes at a cost of degradation to others.

Clean up regardless of what color you adopt. He, who knows all the answers, has not been asked all the questions.

Manuel DaCosta/MS

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