As minhas malas estão feitas e estou pronto para partir e o avião a jato está à espera para me levar ao paraíso. Parece ótimo, não é? Exceto que o avião a jato tem um pneu furado e não existirá reparação até que o mundo esteja vacinado.
A saúde da indústria de aviação pode ser comparada a um indivíduo infetado com Covid e que requer o uso de ventilador. Com biliões de dólares continuamente a acumular-se em dívidas, as companhias aéreas recorrem aos governos para fundos de resgate. Para o propósito deste editorial, é providenciado um resumo das companhias aéreas portuguesas e canadianas. Os impactos económicos na aviação civil são tremendos, mas porque é que as companhias aéreas esperam que seja você e eu a dar-lhes dinheiro para que o negócio sobreviva? Talvez devêssemos perguntar a todos os empresários que declararam falência, perdendo os seus sonhos e o seu rendimento.
Globalmente, as projeções para 2020 estimam uma perda de receitas de $391 biliões de dólares americanos e $183 biliões em 2021. Na Europa, as perdas cumulativas são de $92 biliões, tendo em conta que as pessoas voam com menos frequência e o impacto devastador nas companhias aéreas devido à diminuição dos rendimentos. E assim, criando uma atitude negativa para com os passageiros e na sua forma de lidar com o negócio adotando uma atitude de “não quero saber” quando são contactados.
No futuro, os impactos irão depender da duração e magnitude do surto de Covid e das medidas de contenção, mas também do grau de confiança do regresso do consumidor às viagens aéreas e às condições económicas. Assim que a normalidade seja retomada, quão rápido será o regresso da confiança do consumidor e existirá uma mudança na forma como a indústria aceita o comportamento do novo consumidor?
Muitas vezes no passado, os viajantes eram tratados como cidadãos de segunda classe pelas companhias aéreas que presumiram que o ambiente financeiro em que viviam iria durar para sempre. Agora, são pedintes da pior espécie, com a mão estendida para os governos que estão a desperdiçar os dólares dos nossos impostos para sustentar estas empresas que não se prepararam para os dias de chuva. Em Portugal, onde o Governo optou por disponibilizar milhões de euros para as perdas da TAP-Air Portugal, a companhia aérea poderá precisar ainda de 3,725 biliões de euros até 2024. A União Europeia está a ponderar maneiras de lidar com potenciais perdas de 23 biliões de euros. Ao invés de alimentar os mais pobres, o Costa e o seu grupo político estão a oferecer bom dinheiro a empresas falidas que poderão desaparecer depois de uma morte lenta. Todos os empregados da TAP deveriam entrar em greve, como é costume em Portugal, mas não o fazem porque estão conscientes das consequências. Este tipo de atitude é evidente na Azores Airlines, que interrompeu parte do seu serviço para o Canadá. Talvez não existam fundos disponíveis para abastecer os aviões?
No Canadá, foram disponibilizados milhões de dólares para as companhias aéreas. A Transat está a tentar vender-se à Air Canada a um preço reduzido, e se a proposta falhar, irão solicitar $500 milhões ao Governo para conseguir manter o negócio. Porque é que a Air Canada precisa de comprar a Transat numa altura em que não conseguem sequer gerir as suas próprias operações? Enquanto as empresas receberem sacos de dinheiro do Trudeau e do Costa como fundos de resgate, prevalecerá a ineficiência dos seus negócios, sem se importarem que sejam os cidadãos deste país que as sustentam. Eu digo, não continuem a financiar e permitam que seja a economia a ditar se sobrevivem ou morrem. É isso que os governos estão a fazer connosco. Talvez tenhamos todos de conduzir para o paraíso.
Fique bem.
Leaving on a Jet Plane?
All my bags are packed and I’m ready to go and the jet plane is waiting to take me to paradise. Sounds great eh? Except that the jet plane has developed a flat tire and there’s no repair coming until the world is inoculated.
The health of the airline industry can be compared to an individual infected by Covid who requires a ventilator. As billions of dollars in debt keep piling up, airlines are looking to governments for bail-out funds. For the purpose of this editorial, a summary of primarily Canadian and Portuguese airlines is provided. The economic impacts on civil aviation are horrendous but why are airlines looking to you and me to give them money to keep their business afloat? Perhaps we should ask all business people who have gone into bankruptcy, loosing their dreams and livelihoods.
The projections for 2020 globally are that revenue losses will be $ 391 billion US and $ 183 billion in 2021. In Europe the cumulative losses are $ 92 billion as people flying decreases and the impact on airlines as income decreases will have a devastating impact creating negative attitudes towards passengers and how they are handling business adopting a “I don’t care attitude” when contacted. Future impacts will depend on the duration and magnitude of the Covid outbreak and containment measures, the degree of consumer confidence for air travel and economic conditions. Once normalcy returns, how fast will consumer confidence return and will there be a shift on how the industry accepts the new consumer’s behaviours?
Often in the past, travelers were treated as second class citizens by airlines who assumed that the financial fiefdom they were living in would last forever. They are now beggars of the worst kind with cap in hand to governments who are throwing away our tax dollars to prop-up these corporations who didn’t plan for a rainy day. In Portugal where the government chose to guarantee millions of euros of TAP-Air Portugal losses, the airline may need 3,725 billion euros until 2024. The European Union is pondering on how to deal with potential losses of 23 billion euros. Instead of feeding the poor, Costa and his Cabal are throwing good money at failing corporations, who may disappear after a slow death. All TAP employees should go on strike as is customary in Portugal but they won’t because they know the consequences. This type of attitude is evident with Azorean Airlines who halted part of its service to Canada. Perhaps no funds available to fuel the planes?
In Canada, millions of dollars have been provided to airlines. Transat is trying to sell to Air Canada at a reduced price and if the deal fails, they will require $ 500 million from the government to stay afloat. Why does Air Canada need to buy Transat at a time when they can’t manage their own operations? As long as companies know that money bags Trudeau and Costa will provide bail-out funds, they will continue in their inefficient business ways not caring that it’s the citizens of this country who support them. I say, do not continue to finance them and allow the economy to dictate if they live or die. That’s what governments are doing to us. Perhaps we will just have to drive to paradise.
Be Well!
Manuel DaCosta/MS
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