Editorial

É uma corrida de cavalos

 

corrida - milenio stadium

 

As eleições municipais para conquistar os corações e as mentes dos torontonianos decorrem a um ritmo frenético de retórica ideológica por parte de quase uma centena de candidatos que lutam pela vitória e por se tornarem o novo presidente da Câmara da cidade de Toronto. Porquê tantos candidatos e o que significa isto para uma eleição tão importante?

A ideia de que o processo democrático deveria permitir que qualquer pessoa se candidatasse à presidência da câmara em cidades como Toronto é incorreta e não tem consideração por aqueles que estão seriamente empenhados em servir as populações das grandes cidades e que têm a capacidade e os recursos mentais para executar as tarefas visionárias necessárias para satisfazer as necessidades da população. Nestas eleições, se considerarmos o número de candidatos que poderiam governar Toronto, poder-se-ia sugerir que talvez oito tenham a experiência e o carisma exigido para assumir a tarefa. Os restantes devem ser encarados como oportunistas desordeiros e egoístas que não têm nada melhor para fazer do que, propositadamente, desorganizar a cidade com as suas mensagens. Deveriam ser implementadas novas regras para impedir aqueles que existem apenas para agitar e radicalizar as eleições e, embora esta abordagem possa parecer antidemocrática, serve para eliminar as condições em que um desserviço afeta a maioria da população. Faltam cerca de quatro semanas para as eleições. Ganhar uma eleição é um processo complexo que envolve uma mistura de estratégia, planeamento e execução.

Os candidatos bem-sucedidos têm de ser capazes de se envolver com os eleitores, construir uma equipa de campanha forte e comunicar eficazmente a sua mensagem, para que esta ressoe junto dos eleitores. Nesta campanha, os eleitores têm sido bombardeados com uma miríade de técnicas de comunicação dos vários candidatos, que por vezes rasam o bizarro, o absurdo e o impossível. Talvez na procura de originalidade no idealismo, os candidatos procuram impressionar, querendo proporcionar aos cidadãos uma galinha em cada panela e dois carros em cada garagem. Isso não resultou com Herbet Hoover em 1928 e não resultará com Toronto em 2023. O que Toronto precisa é de políticas justas e realistas que tratem dos problemas que afetam a nossa vida quotidiana. A política municipal está completamente ligada às nossas vidas e afeta inteiramente a nossa qualidade de vida. Os candidatos devem compreender a condição humana, desde os mais pobres até aos mais ricos, e as suas opiniões não devem ser manchadas ou influenciadas pelo estatuto promissor de uma vitória e pelos lucros dos intermediários do poder e dos influenciadores que causaram essa vitória.

À medida que os prazos de campanha diminuem, os eleitores devem prestar atenção às mensagens de cada candidato. Se a informação fornecida não lhe diz nada, questione-a. As questões devem centrar-se no bem-estar desta cidade e não em personalidades com base na cor, no género ou no reconhecimento do nome. Esta cidade não pode retroceder para políticas mais antigas de tirar aos ricos para alimentar os pobres, uma vez que o bem-estar económico é a vida de uma cidade como Toronto, que se estenderá a todos os cidadãos se elegermos um visionário como nosso novo Presidente da Câmara.

O candidato selecionado deve articular uma visão clara do futuro e estabelecer uma ligação pessoal com os eleitores.

Na arena política atual, a retórica faz parte da mensagem, consistindo em promessas vazias e respostas robóticas convenientes. A meio da campanha e avaliando todas as escolhas, há dois ou três candidatos legítimos, que podem resolver os problemas desta cidade, herdados do nosso anterior presidente da Câmara perfeito, para serem resolvidos no futuro. Do ponto de vista da experiência e da abordagem humanista, Ana Bailão parece ter as qualidades certas e a compreensão da demografia e do seu enquadramento, algo crucial para ser a próxima presidente da Câmara de Toronto.

 

It’s a horse race

The by-election to win the hearts and minds of Torontonians moves along on a frantic pace of ideological rhetoric coming from nearly one hundred candidates vying for a win and become the new mayor of the City of Toronto. Why so many candidates and what does this mean for such an important election?

The view that the democratic process should allow anyone to run for the mayoralty race in cities such as Toronto is flawed and inconsiderate to those who are serious about serving the populations of major cities and have the ability and mental resourcefulness to undertake the visionary tasks necessary to implement the needs of the populace.

In this election, if we consider the number of candidates which could govern Toronto, one could suggest that perhaps eight have the experience and overall charisma to take on the task. The rest should be looked at as disruptive self-serving opportunists with nothing better to do but to purposely get this city into disarray with their messaging. New rules should be implemented to prevent those who exist to simply agitate and radicalize elections and while this approach may appear to be anti-democratic, it serves to eliminate the conditions by which a disservice would affect the majority of the population. The election is about four weeks away.

Winning an election is a complex process that involves a mix of strategy, planning and execution. Successful candidates must be able to engage with voters, build a strong campaign team and effectively communicate their message so that it resonates with the voters. In this campaign the voters have been bombarded with a myriad of communication skills from the various candidates, which at times borders on the bizarre, absurd and the impossible. Perhaps in searching for originality in idealism, candidates seek to impress by wanting to provide citizens with a chicken in every pot and two cars in every garage. It didn’t work for Herbert Hoover in 1928 and it won’t work for Toronto in 2023. What Toronto needs are concise and realistic policies that deal with the problems which affect our everyday lives.

Municipal politics are altogether tied to our lives and absolutely affect our quality of life. Candidates must understand the human condition from the most poor to the richest and views must not be tainted or influenced by the promissory status of a win and the returns for power brokers and influencers that caused that win. As the campaign timelines diminish, voters must pay attention to the messaging form each candidate. If the information provided does not resonate with you, question it. Issues should be focused on the well-being of this city and not on personalities based on colour, gender, or name recognition.

This city cannot retrocede to older policies of taking from the rich to feed the poor as economic well-being is the life of a city such as Toronto, which will permeate to all citizens if we elect a visionary as our new Mayor. The successful candidate must articulate a clear vision for the future and connect with the voters on a personal level.
In today’s political arena, rhetoric is the message, consisting of empty promises and convenient robotic responses. Halfway through the campaign and assessing all choices there are 2 or 3 legitimate candidates, which may take this city’s problems, inherited from our former perfect Mayor, to resolution in the future. From an experience and humanistic approach, Ana Bailão appears to have the qualities and understanding of the demographics and framework needed to be the next Mayor of Toronto.

Manuel DaCosta/MS

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