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No Éder, no party

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C’est fini. Portugal perdeu com a França e disse adeus a uma possível revalidação do título conseguido em 2019.

No Estádio da Luz, um golo de Kanté valeu a primeira derrota da seleção portuguesa nesta prova, ditando assim o seu afastamento. A seleção comandada por Fernando Santos estava obrigada a pontuar para ter hipóteses de seguir para a Final Four, mas a seleção gaulesa superiorizou-se e terminou a quinta jornada isolada na liderança do Grupo 3, com 13 pontos.

Desde cedo se percebeu que os franceses sabiam ao que vinham e não iam facilitar – ainda que sem poder contar com Mbappé, a França foi claramente superior, encostando Portugal às cordas e construindo diversas oportunidades de golo. Valeu-nos, como já vem sendo hábito, ter um São Patrício na baliza, que foi dizendo “presente” e negando o golo, por exemplo, a Anthony Martial e a Kingsley Coman.

Do lado português, na primeira parte, o maior destaque vai para o cabeceamento perigoso de Cristiano Ronaldo já próximo do intervalo.  Quando tudo levava a querer que poderíamos assistir ao surgimento de um novo protagonista no jogo, já que Portugal voltou do período de descanso mais agressivo, a velha máxima voltou a comprovar-se: “quem não marca, sofre”.

Aos 53’, Rabiot rematou cruzado mas a bola parecia que levava “manteiga” – Rui Patrício ficou mal na fotografia, deixando o esférico escapar,  e criando a oportunidade perfeita para, na recarga, N’Golo Kanté encostar e marcar o primeiro e único golo da noite.

Poucos minutos depois, José Fonte ainda esteve perto de fazer o empate, mas o seu cabeceamento foi direitinho ao poste da baliza de Lloris. Também João Moutinho tentou a sua sorte, num grande remate, mas o guardião francês ganhou asas e impediu o golo. É caso para dizer: “No Éder, no party”… pelo menos contra a França!

É que esta terça-feira (17), na última ronda desta fase, Portugal deslocou-se à Croácia e venceu por 3-2, mantendo a invencibilidade frente a esta seleção. Apesar disso, não se pode dizer que tenha feito um brilharete – muito pelo contrário. Uma exibição “baça” e uma vitória suada e sofrida.

O estado do relvado, rico em irregularidades, foi um problema para ambas as seleções – entre escorregadelas e passes e receções dificultadas, o terreno mais parecia um “campo de batatas”.  No entanto, a Croácia, no primeiro lance de perigo, conseguiu mesmo chegar ao golo: Rúben Semedo falhou o corte e Kovacic não hesitou em atirar. Patrício ainda defendeu, mas o médio não voltou a falhar na recarga. As oportunidades iam-se dividindo entre as duas seleções mas os croatas foram em vantagem para o intervalo.

No segundo tempo, já com Trincão em campo (saiu Bruno Fernandes), o castelo de cartas da Croácia começou a desmoronar: logo aos 48’ Rúben Dias esteve perto do empate mas o cabeceamento foi ao lado, e aos 51’ Rog viu o segundo amarelo e, por isso, recebeu ordem de expulsão. E se já estava mal, ficou ainda pior: Livakovic socou para a frente um forte remate de Cristiano Ronaldo, Rúben Semedo tocou com classe para a pequena área e Rúben Dias finalizou, fazendo o empate.

A reviravolta aconteceu oito minutos depois, num lance que não teria sido validado caso houvesse VAR:  Rúben Dias coloca a bola em Diogo Jota, a bola bate na mão do jogador do Liverpool mas Mike Oliver, árbitro da partida, manda seguir. Jota mete o esférico na área e João Félix toca para o 2-1.

A felicidade lusa durou pouco tempo, já que cinco minutos depois os croatas fizeram o 2-2. A defesa lusa ficou a “ver navios” e Vlasic assistiu Kovacic que num remate de fora da área bisou na partida.

Já depois de Bernardo Silva ter feito o mais difícil e ter falhado o 3-2, o guarda-redes Livakovic, numa saída, chocou com um colega e acabou por largar a bola. Rúben Dias não desperdiçou a oportunidade e também ele bisou, já aos 90’.  Contas feitas, França, Itália, Bélgica e Espanha seguem em frente na competição – qual delas será a sucessora de Portugal?

Inês Barbosa/MS

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