Modalidades

João Almeida já é segundo no Giro: “Alguém caiu à minha frente e fui ao chão”

CYCLING-ITA-GIRO
UAE Team Emirates’s Portuguese rider Joao Almeida competes during the third stage of the Giro d’Italia 2023 cycling race, 216 km between Vasto and Melfi, on May 8, 2023. (Photo by Luca Bettini / AFP)

 

O ciclista australiano Michael ​​​​​​​Matthews (Jayco-AlUla) venceu, esta segunda-feira, a terceira etapa da Volta a Itália, oito anos depois do último triunfo no Giro, e o português João Almeida (UAE Emirates) caiu mas subiu a segundo na geral.

Matthews, de 32 anos, cumpriu os 213 quilómetros entre Vasto e Melfi em 5:01.41 horas, batendo sobre a meta o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), segundo, e o australiano Kaden Groves (Alpecin-Deceunink), terceiro.

Nas contas da geral, o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) bonificou no último sprint intermédio do dia e é agora mais líder, tendo Almeida subido ao segundo lugar, a 32 segundos, após a ‘quebra’ do italiano Filippo Ganna (INEOS), com o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) a completar o pódio, a 44.

Depois de um triunfo em 2014 e outro em 2015, Matthews procurava o ‘hat-trick’ na ‘corsa rosa’, depois de somar já três na Vuelta e quatro no Tour, a última delas em 2022, e conseguiu o feito num dia com duas metades.

Na primeira parte dos 213 quilómetros, só um duo da Corratec-Selle Itália, Veljko Stojnic e Alexander Konychev, se mostrou interessado na fuga, seguindo os dois sozinhos na frente em modo “cicloturismo”, com uma vantagem que chegou aos seis minutos.

Atrás, várias equipas com velocistas pouparam a formação do líder da geral ao trabalho, sobretudo a Jayco-AlUla e a Trek-Segafredo, enquanto as duas subidas categorizadas e a chuva ameaçavam a tranquilidade do pelotão.

Com os fugitivos alcançados a mais de 30 quilómetros da meta, foi o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) a apresentar candidatura à classificação da montanha, que agora lidera após vencer as duas contagens, em ano de despedida da carreira.

No sprint intermédio, Evenepoel foi mais sagaz do que Roglic, tão habituado a aproveitar bonificações para bater rivais, e ‘poupou’ três segundos, solidificando a liderança após a quebra de Ganna, que ‘entregou’ o segundo lugar a Almeida.

O português ainda assustou, quando teve de recuperar o espaço para o grupo principal, com a ajuda da equipa, após uma queda à sua frente, sem mazelas para o luso.

“Alguém caiu à minha frente e fui ao chão. Voltei logo para a bicicleta e os meus colegas ajudaram-me”, explicou Almeida, após o final da etapa.

Com a Trek-Segafredo a impor ritmo na aproximação à meta, sem incidentes como na véspera, em que vários candidatos à vitória final perderam tempo, esperava-se que Pedersen pudesse vencer o sprint, mas o dinamarquês não conseguiu bater Matthews.

“Foi verdadeiramente um esforço de equipa. Esta vitória é para os meus rapazes”, reconheceu o vencedor da tirada, que hoje chegou aos 40 triunfos como profissional.

O dia serviu, na geral, para reorganizar muitos dos primeiros postos, com os ciclistas menos dados à montanha a perderem já algum terreno, Roglic a subir dois lugares para entrar no pódio, ao lado dos outros dois grandes favoritos, antes de um primeiro dia para os trepadores poderem ‘brilhar’.

Na terça-feira, a quarta etapa liga Venosa a Lago Laceno em 175 quilómetros, apresentando o primeiro dia de montanha, com uma subida de segunda categoria a poucos quilómetros da meta.

“[Quero] tentar recuperar da queda e manter o meu nível”, antecipou João Almeida, já refeito do susto em Melfi, num dia que “não foi perfeito”.

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER