Mais um erro, menos dois pontos

Ainda não foi desta que o Benfica aprendeu a lição. A coisa até correu bem no “teste” passado, feito em Paços de Ferreira, mas a equipa de Nelson Veríssimo voltou a ver tudo vermelho no regresso a casa… a nota acabou por não ser negativa, mas esteve bem perto disso.

Convenhamos que todos precisamos de uma pitada de sorte em determinados momentos da nossa vida e o que é facto é que o Benfica não a teve de todo do seu lado na receção ao Moreirense (para além de um autogolo digno de um filme de comédia, ainda teve duas bolas nos ferros). E se a isso aliarmos pouca eficácia, pouca imaginação e um adversário que soube colocar as “trancas à porta”, temos a receita para mais um deslize encarnado. A vida não está fácil para os lados da Luz…

Com muita dificuldade em “furar” a muralha defensiva criada pela turma de Sá Pinto, o Benfica demorou – e muito – a encontrar o caminho para a baliza adversária: a primeira parte terminou sem qualquer golo marcado e a segunda trouxe um lance que valeu muitos assobios dos adeptos encarnados. Depois de um cruzamento de Paulinho, a bola acaba por sobrar para Otamendi que, ao tentar cortar, acerta em Gilberto e, involuntariamente, insere-a na própria baliza.

Os encarnados acabariam por empatar pouco tempo depois, num lance igualmente caricato: Pablo corta a bola contra Fábio Pacheco e esta sobra para Darwin. O uruguaio viu o guardião dos cónegos travar uma primeira investida, mas conseguiu fazer o empate na recarga.

No tempo restante da partida o Benfica dominou, bem tentou mas não acertou… e o título está cada vez mais longe.

No arranque da jornada, Boavista e Gil Vicente não foram além de um empate pela margem mínima. A equipa de Petit inaugurou o marcador logo aos quatro minutos, num golo de Makouta. Já na segunda parte o brasileiro Samuel Lino marcou o golo que dividiu os pontos no Estádio do Bessa.

Por outro lado, no empate entre Famalicão e Paços de Ferreira não houve qualquer golo. Houve, no entanto, uma expulsão: Alexandre Penetra deixou os famalicenses reduzidos a 10 unidades aos 69’, por acumulação de amarelos.

Em Braga, Cláudio Winck foi o autor do golo que deu a vitória ao visitante Marítimo, aos 89’. Os arsenalistas ocupam a quarta posição, enquanto que os insulares são nonos.

Depois de ter imposto a primeira derrota ao Sporting no campeonato, o Santa Clara deixou-se empatar frente ao Tondela. No jogo que marcou a estreia de Mário Silva, os açorianos conseguiram uma vantagem

de dois golos (Rui Costa aos 24’ e Ricardinho aos 40’) frente ao Tondela durante a primeira parte, mas um bis de Boselli na segunda metade do encontro ditou a partilha dos pontos.

Depois de ter estado a perder, o F.C. Porto conseguiu dar a volta ao resultado e golear o Belenenses SAD por 4-1, mantendo-se na liderança da prova, com três pontos de vantagem sobre os leões e nove sobre o Benfica. 

A equipa da casa colocou-se em vantagem aos 13’, com Calila a bater o canto e Abel Camará a cabecear para o fundo das redes portistas.

Como é hábito, os dragões não “tremeram” e partiram de imediato em busca do empate: a expulsão de Sithole, aos 33’, por acumulação de amarelos, veio dar uma pequena ajuda, com o golo da igualdade a surgir apenas dois minutos depois. Após passe de Fábio Vieira, Evanilson atirou a contar.

Depois de verem um tento anulado por fora de jogo (41’) os azuis e brancos conseguiram a reviravolta já na segunda parte, com Francisco Conceição a servir Evanilson para o bis (57’). Sem tirar o pé do acelerador, os dragões voltaram a marcar passados três minutos: Fábio Vieira cruzou e Taremi fez, de cabeça, o 3-1.

Já depois de Luis Díaz desperdiçar uma grande penalidade (79’), Evanilson chegou ao hat-trick, fazendo de cabeça o 4-1 final.

Já o Sporting manteve-se no segundo lugar e aumentou a distância para o rival Benfica depois de vencer por 2-0 na visita a Vizela.

Depois da surpreendente derrota nos Açores a equipa de Rúben Amorim regressou aos triunfos graças aos golos apontados por Pedro Gonçalves e Daniel Bragança – ambos durante os primeiros 45 minutos.

Não faltou intensidade nos minutos iniciais da partida, mas foram os leões quem mexeu com o marcador: haviam sido jogados 28 minutos quando Francis Cann ficou mal na foto ao “entregar” a bola a Paulinho, que encontrou Pote. O médio tabelou com Sarabia e atirou a contar, após nove partidas “a seco”.

O segundo golo surgiu cerca de 15 minutos depois, após um cruzamento de Esgaio: Sarabia colocou o esférico em Nuno Santos e este deixou para Daniel Bragança rematar para o fundo das redes vizelenses. 

Os leões ainda viram um golo de Gonçalo Inácio ser anulado por fora de jogo durante a segunda metade da partida.

O Portimonense encerrou esta jornada com um empate frente ao Vitória SC, o que lhe permitiu igualar o Estoril no sexto lugar, com 24 pontos.

Inês Barbosa/MS