Liverpool perdeu, esta quarta-feira, o estatuto de património mundial da UNESCO, devido a alterações significativas na zona das docas, considerada histórica pela instituição. O Everton, que está a construir um novo estádio no local, é um dos responsáveis.
A UNESCO tomou a decisão de remover a cidade de Liverpool da lista de património mundial numa reunião da agência da ONU na China, onde 13 em 20 pessoas votaram a favor (cinco votaram contra e dois votos foram inválidos). A instituição já tinha avisado há alguns anos que, por causa das obras na zona das docas, nomeadamente a construção de vários edifícios e do novo estádio do Everton, as alterações faziam perder a autenticidade da cidade.
Everton's plans for their new stadium look 🔥pic.twitter.com/1Dff9oQHVu
— GOAL (@goal) July 25, 2019
“Acho incompreensível que a UNESCO prefira que a zona de Bramley Moore Dock continue em más condições do que se faça uma contribuição positiva para o futuro da cidade e seus moradores”, disse Joanne Anderson, autarca de Liverpool.
A cidade obteve o título em 2004 pelo reconhecimento do seu valor histórico e arquitetónico, por ter sido um dos maiores pontos de comércio da história do império britânico e pelo ambicioso projeto apresentado de renovação das docas.
“Acho que é doloroso quando um local está na lista para ser removido do património mundial. Só podemos propor a remoção se houver uma análise que indique que o valor universal do sítio foi perdido e foi isso que concluímos”, afirmou Mechtild Rossler, diretora da UNESCO.
Cerca de 30 figuras da cidade escreveram uma carta para que a UNESCO recuasse na decisão, argumentando que a construção do estádio do Everton irá trazer milhões de pessoas à zona das docas de Mersey, área pouco visitada.
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