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Jota na pele de Ronaldo

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Com o capitão da seleção portuguesa afastado da partida frente à congénere sueca por ter testado positivo à Covid-19 – de relembrar que CR7 apontou sete golos nos últimos quatro confrontos com os escandinavos -, Diogo Jota assumiu o “leme” e conduziu Portugal à vitória na quarta jornada da Liga das Nações. Bernardo Silva, assistido pelo jogador do Liverpool, também marcou.

A partida aconteceu em Alvalade e contou com 5000 espectadores nas bancadas, tornando-se assim no jogo de futebol com mais adeptos desde o início da pandemia em Portugal.

A seleção lusa procurava não só regressar às vitórias nesta competição como também isolar-se na liderança do Grupo 3 – era preciso, no entanto, que a seleção francesa, com a qual tinham empatado a zero em Saint-Denis, França, na jornada anterior, não vencesse frente à Croácia.

Os suecos, apesar de não terem conquistado qualquer ponto nesta fase, não eram de todo vistos como um adversário fácil: das nove ocasiões que se deslocou a Portugal, esta seleção só saiu derrotada por uma vez.

Ainda assim, grupo comandado por Fernando Santos colocou o pé no acelerador e entrou a toda a velocidade em campo, tendo tido inclusive a oportunidade de se colocar em vantagem bem cedo: primeiro foi Diogo Jota que, numa saída rápida no contra-ataque, atirou e falhou por pouco as redes suecas. Depois disso, aos quatro minutos, João Cancelo levantou o esférico, William Carvalho, sozinho, cabeceou mas a bola foi ao ferro.

A Suécia não deixou a seleção adversária sem resposta e, aos 12 minutos, após Kulusevski cobrar um canto, Pepe aliviou mal a bola, que ficou à mercê de Lustig. No entanto, este falhou o alvo, atirando por cima, e os portugueses suspiraram de alívio.

Finalmente, aos 21’, gritou-se golo no Estádio José Alvalade: Bruno Fernandes recuperou a bola, entregou-a a Diogo Jota que por sua vez serviu, na entrada da área, Bernardo Silva: o médio do Manchester City só teve que atirar para o fundo das redes de Olsen. Uma grande jogada coletiva!

O tento parece ter dado ânimo aos suecos, que correram atrás do prejuízo e até tiveram uma boa oportunidade, aos 35’, quando Berg remata ao poste da baliza portuguesa. Quatro minutos depois, nova ameaça dos visitantes – no entanto, Danilo surgiu, levando a melhor sobre Kulusevski.

Antes do intervalo – e numa altura em que Portugal não deslumbrava – ainda houve tempo para ampliar a vantagem: João Cancelo, com um passe genial, virou o flanco, isolou Diogo Jota, o extremo dominou e atirou de pé direito para o segundo das Quinas.

No reatamento a Suécia, começou melhor: aos 49’, Rui Patrício teve que ganhar asas para travar um cabeceamento perigoso de Berg. Patrício, que chegou às 90 internacionalizações nesta partida, viria ainda a assumir funções de homem-elástico aos 56’, ao defender um potente remate rasteiro de Claesson.

Ocasião soberana desperdiçada por João Félix onde, numa jogada de contra-ataque, fugiu à marcação da dupla de centrais suecos, entrou na área, mas rematou por cima da baliza.

Eis que é chegada a hora do espetáculo do mágico Diogo Jota: William Carvalho esmerou-se no passe, Jota acelerou e, sem tirar os olhos do alvo, deslocou-se para a zona centro do terreno e fuzilou Olsen. Estava feito o 3-0 pelo internacional português que em quatro jogos nesta Liga das Nações já assinou três tentos.

Mais do que a seleção portuguesa ter ganho três importantes pontos na Liga das Nações, Diogo Jota ganhou aquilo que qualquer jogador almeja: atenção e oportunidade.

Inês Barbosa/MS

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