Desporto

Grão a grão… o dragão tornou-se campeão!

Na jornada em que os dragões se sagraram campeões da época 2019/2020 foram os encarnados os primeiros a entrar em campo e a “roubar” três pontos a um Vitória de Guimarães que lhes deu água pela barba. Na realidade, vimos mais uma prestação das águias que acaba por resumir o seu percurso final nesta temporada: insossa.

 

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Os dragões se sagraram campeões da época 2019/2020. Foto: DR

 

O Benfica não conseguiu ser eficaz nos primeiros minutos de jogo (Chiquinho desperdiçou uma grande oportunidade) e acabou por alimentar a audácia vimaranense – aos 19 minutos, Edwards fez de Nuno Tavares gato sapato e atirou à trave da baliza de Vlachodimos. Poucos minutos Bruno Duarte sacou de um pontapé de bicicleta, obrigando o guardião das águias a mostrar serviço.

Apesar disto, voltou a aplicar-se a velha máxima de “quem não marca sofre” – aos 37’ Chiquinho redimiu-se e desbloqueou o marcador através de um remate forte e rasteiro, não dando qualquer hipótese a Douglas.

O intervalo trouxe consigo uma inversão de papéis: os comandados de Ivo Vieira começaram a somar erros – principalmente nos passes -, e o Benfica apresentou novo fulgor.

Porém, o segundo e último golo só chegou aos 87 minutos, com Seferovic a só ter que encostar após cruzamento de Rafa Silva.

Uma vitória que de pouco (ou nada, na realidade) serviu, já que, obrigado a pelo menos empatar no clássico, o F.C. Porto não desiludiu e venceu por 2-0 o Sporting.

A festa já havia começado antes mesmo do apito inicial, com as imediações do Estádio do Dragão pintadas de azul e branco e com centenas de adeptos a receberem o autocarro da equipa de Sérgio Conceição, que não duvidavam da conquista do 29.º título da história do clube. De relembrar que o F.C. Porto recuperou de uma desvantagem de sete pontos em relação ao Benfica.

Danilo Pereira, aos 64’, e Marega, aos 90+1’, foram os autores dos golos desta partida que também ditou a primeira derrota do Sporting com Rúben Amorim no comando.

Com duas rondas por disputar, o F.C. Porto passou a somar 79 pontos, mais oito que o Benfica.

Na primeira parte cada uma das equipas viu um golo ser anulado: logo no primeiro minuto Sporar estava em posição irregular e aos 12’ Luís Díaz pôs a mão onde não devia – na bola, é claro!

Já no segundo tempo, e após um canto batido por Alex Telles, Danilo fez o primeiro da noite e deu outra cor a um jogo um pouco cinzento.

Os leões nunca conseguiram incomodar verdadeiramente Marchesín, demonstrando pouco poder ofensivo.

Finalmente, e já em período de descontos, Otávio faz um bom passe, colocando Marega na cara do golo – o maliano, num toque de classe, picou a bola por cima de Maximiano e estabeleceu o 2-0 final.

Uma celebração no mínimo diferente, despida de adeptos e da emoção que caracteriza a conquista deste título… pelo menos dentro estádio. Fora dele, foram outros quinhentos!

Quanto aos restantes jogos desta 32ª jornada: Marítimo e Rio Ave anularam-se na Madeira, num duelo intenso mas sem golos, muito graças a Amir e Kieszek, guardiões do Marítimo e Rio Ave, respetivamente, que não permitiram que as diversas oportunidades não se transformassem em golos.

Com o ponto alcançado com este empate, o Rio Ave igualou a melhor pontuação de toda a sua história (51 pontos), sendo que ainda há mais duas jornadas para disputar.

Quem aproveitou este deslize da equipa vilacondense foi o Famalicão que de visita ao Vitória de Setúbal conseguiu arrecadar os três pontos e, assim, voltar a assumir o quinto lugar.

Os famalicenses foram os primeiros a marcar, quando aos 15 minutos Diogo Gonçalves se isolou, picou a bola por cima de Makaridze e fez o 1-0. A resposta sadina surgiu pouco tempo depois, na sequência de um pontapé de canto – Jubal, num pontapé acrobático, voltou a restabelecer a igualdade aos 24’.

Faltava apenas um minuto para os 90’ quando Diogo Gonçalves bisou na partida e garantiu o triunfo da sua equipa. Com esta derrota os sadinos acabaram por cair para a zona de despromoção, com os mesmos 30 pontos que o Portimonense e Tondela.

Em Barcelos, os beirões não foram capazes de fazer peito aos “galos” de Vítor Oliveira e veem agora a permanência na Liga em risco. O Gil Vicente, por seu turno, já assegurou lugar na competição na próxima época. Os golos gilistas foram apontados por Rúben Ribeiro, aos 28’, Rúben Fernandes, aos 57’, e Kraev, aos 64’, sendo que o Tondela reduziu por Yohan Tavares, aos 73’, e Phillipe Sampaio, aos 84’. Ainda houve esperança que o resultado se alterasse nos minutos finais do jogo… mas ficou-se apenas pelo querer.

Já a equipa de Paulo Sérgio foi mais feliz e com os três pontos conseguidos após vencer o Boavista nesta jornada, por 2-1, acabou por abandonar o primeiro lugar abaixo da linha d’água, ainda que em igualdade pontual com o Vitória de Setúbal e o Tondela. Em Portimão marcaram Willyam (14’) e Lucas (42’, de grande penalidade) para os da casa e Marlon para os nortenhos (85’). Os algarvios jogaram o último quarto de hora contra apenas 10 jogadores, por expulsão de Yusupha Njie.

O Desportivo das Aves, mais conhecido por “saco de pancada”, voltou às derrotas, desta feita frente ao Santa Clara.  José Manuel e Crysan marcaram aos 21’ e 28’ e, já na segunda parte, Carlos Júnior estabeleceu o resultado final. Os açorianos acabaram a ronda em 10.º lugar, com 41 pontos – apenas menos um que a melhor pontuação de sempre da equipa nesta competição.

Em Moreira de Cónegos não se foi além de um empate – o Moreirense colocou-se em vantagem aos 36’, numa grande penalidade convertida por Steven Vitória, mas o Paços de Ferreira empatou já na segunda parte através de um cabeceamento certeiro de Marco Baixinho aos 75’, estabelecendo um resultado que permite aos pacenses ficarem mais próximos da manutenção.

Resultado igual no duelo entre Braga e Belenenses – por um lado, os minhotos vacilaram no assalto ao terceiro lugar da competição e, por outro, os azuis conquistaram um importante ponto na luta pela permanência. Ricardo Horta assinalou o primeiro tento da noite aos 42’ e a 10 minutos dos 90’ o colombiano Cassierra repôs a igualdade.

Inês Barbosa/MS

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