A proposta foi apresentada em junho de 2021 e recebeu o apoio da UEFA, enfrentando a concorrência, pelo menos, de um projeto sul-americano (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai), um africano (Marrocos) e um intercontinental (Arábia Saudita, Egito e Grécia).
“A comissão coordenadora do Mundial2030, liderada por António Laranjo, vai passar a incluir representantes da delegação ucraniana. A candidatura de Portugal, Espanha e Ucrânia cumprirá os prazos previstos para a apresentação do seu caderno de encargos à FIFA. Acreditamos que a família do futebol mundial irá apoiar esta iniciativa”, concluíram.
FPF vê inclusão da Ucrânia na corrida ao Mundial 2030 como “lógica e natural”
A incorporação da Ucrânia na candidatura conjunta de Portugal e Espanha à organização do Mundial2030 foi “uma decisão lógica e natural”, admitiu o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes.
“Para alguns, esta decisão pode parecer surpreendente e inesperada. Para nós, foi uma decisão lógica e natural. A devastação, a fuga de milhões de ucranianos, a incerteza em relação ao futuro pesou na nossa vontade de integrar a Ucrânia nesta candidatura, que mereceu desde a primeira hora incondicional apoio do presidente da UEFA [Aleksander Ceferin], a quem desde já quero agradecer”, expressou o dirigente, numa conferência de imprensa decorrida hoje na sede do regulador do futebol europeu, em Nyon, na Suíça.
Fernando Gomes falava ao lado dos líderes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e da Associação Ucraniana de Futebol (UAF), Luis Rubiales e Andrii Pavelko, respetivamente, ‘selando’ a inclusão daquele país do leste europeu na proposta ibérica.
“Tem um especial significado fazer este anúncio na casa do futebol europeu. O futebol é muito mais que futebol. E não seria necessário invocar outra razão para justificar o que aqui nos traz hoje. Futebol é superação, compromisso, resiliência, inspiração”, lembrou.
“Certamente, haverá muitas pessoas que vão pensar que o mais fácil para Portugal e Espanha seria seguir com esta candidatura tal como estava, indiferentes ao que se passa na Ucrânia. Permitam-me discordar. Acho que seria isso o mais difícil e incompreensível. A Ucrânia não pode desaparecer das nossas memórias depois de a guerra acabar. Quando esse dia chegar, tenho a certeza de que continuará a precisar de ajuda e nós queremos e estaremos presentes”, frisou Fernando Gomes, notando o auxílio dado pelo futebol luso.
O Qatar acolherá a 22.ª edição do campeonato do mundo este ano, de 20 de novembro a 18 de dezembro, seguindo-se uma inédita coorganização entre três países (Canadá, Estados Unidos e México), em 2026, e a celebração do centenário da prova, em 2030.
A escolha dos países organizadores do Mundial2030 está prevista para o 74.º congresso da FIFA, em 2024, após Portugal ter recebido o Euro2004 e a Espanha o Euro1964 e o Mundial1982, ao passo que a Ucrânia albergou o Euro2012, em conjunto com a Polónia.
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