Futebol

Taça de Portugal: Benfica e Porto na final

Benfica segura 37.ª final após sofrer em Famalicão

O Benfica garantiu, esta terça-feira (11), a 37.ª presença na final da Taça de Portugal, após o empate (1-1) no terreno do Famalicão num jogo da segunda mão das meias-finais que os minhotos dominaram.
Depois de Pizzi ter marcado aos 24 minutos, no primeiro remate das águias enquadrado com a baliza, o conjunto famalicense empurrou o adversário para a sua área e criou várias ocasiões para marcar, mas só conseguiu um golo, por Toni Martínez, aos 78, insuficiente para anular a vantagem de 3-2 conseguida pelos encarnados na primeira mão.

Benfica’s Franco Cervi (2-L) celebrates after scoring a goal against Vitoria de Guimaraes during their Portuguese First League soccer match held at D. Afonso Henriques stadium, Guimaraes, north of Portugal, 4th January 2020. JOSE COELHO/LUSA

Depois das 10 alterações operadas pelo treinador João Pedro Sousa na goleada sofrida ante o Vitória de Guimarães (7-0), para a Liga, no passado sábado (8), o Famalicão reapareceu nesta partida com o mesmo onze da primeira mão e iniciou o desafio com muita intensidade, tendo procurado superar as águias nos duelos e na velocidade para levar perigo à baliza de Vlachodimos.

O ligeiro ascendente dos minhotos nos 20 primeiros minutos traduziu-se num remate de Pedro Gonçalves, por cima, ao minuto 18, e num lance em que Rúben Dias evitou um possível golo de Toni Martínez, com um corte de carrinho, aos 22.

O Benfica, que apresentou Tomás Tavares, Florentino e Cervi como novidades entre os titulares, quis, nesse período, baixar o ritmo quando tinha a bola e explorar sobretudo o envolvimento de Grimaldo, de Cervi e até de Rafa no lado esquerdo do ataque.

O golo que adiantou no marcador o conjunto treinado por Bruno Lage surgiu precisamente por essa faixa, com Carlos Vinicius, após perda de bola de Riccieli, a colocar a bola em Cervi, que na cara de Vaná tocou de calcanhar para Pizzi marcar o seu 22.º golo em jogos oficiais nesta época.

Vinícius esteve perto de novo golo encarnado em dois lances ao minuto 27, mas os anfitriões reagiram e avançaram em busca do empate, que lhes foi negado por Vlachodimos, após remates de Toni Martínez, aos 34 minutos, e de Diogo Gonçalves, aos 39.

Em cima do minuto 45, o Famalicão ainda festejou o golo, num remate de Patrick William após o guardião grego das águias ter socado a bola, mas o lance foi anulado, depois de o videoárbitro ter detetado um fora de jogo de Gustavo Assunção por 31 centímetros.

Os minhotos regressaram dos balneários ainda mais dominadores e aproveitaram o espaço concedido pelo Benfica junto à grande área, no corredor central, para ameaçarem a baliza em remates de Diogo Gonçalves, Toni Martínez e Racic, entre os minutos 48 e 51.

Perante um adversário incapaz de contra-atacar com regularidade, o Famalicão ameaçou o empate num cabeceamento ao lado de Toni Martínez, aos 65 minutos, e repôs mesmo a igualdade aos 78, quando o avançado espanhol ‘emendou’ ao primeiro poste um cruzamento de Diogo Gonçalves e fez o seu 11.º golo na época.
Os pupilos de João Pedro Sousa continuaram instalados no meio-campo contrário até ao apito final, mas o Benfica aguentou a pressão e vai tentar vencer a prova pela 27.ª vez na final agendada para 24 de maio, no Estádio Nacional, em Oeiras, com o F. C. Porto.

FC Porto-Académico de Viseu, 3-0

Após um empate em Viseu, FC Porto agarrou o último bilhete para a final da Taça de Portugal com um triunfo por 3-0 frente ao Académico.
Os dragões garantiram a 17.ª presença no Jamor, a segunda de forma consecutiva. Têm à espera o Benfica, rival que não defrontam na final desde 2004. Há 16 anos, portanto.
Esqueçamos a analepse e voltemos ao Dragão.

Na ressaca do Clássico, Conceição manteve quatro jogadores na equipa inicial: Corona, Díaz, Uribe e Alex Telles. A última paragem antes do Jamor prometia Nakajima e Zé Luís junto ao colombiano e ao mexicano, resistentes de sábado (9).
Porém, o FC Porto apenas entusiasmou a espaços na primeira parte. Após um punhado de ameaças, Mathaus colocou as mãos nas costas de Zé Luís e Manuel Oliveira apitou grande penalidade (19m). Alex Telles bateu Ricardo Fernandes e desequilibrou a eliminatória a favor dos azuis e brancos.

O penálti não foi um golpe assim tão rude na estratégia de Rui Borges. Os viseenses apresentaram a mesma equipa da primeira mão e voltaram a ter em João Mário o seu elemento mais perigoso. Enquanto o FC Porto se imaginou refastelado em primeira-classe com todas as mordomias a que tem direito, o internacional guineense assustou quando fugiu a Mbemba e Diogo Leite e tentou servir Patric, valendo Manafá.
Aqui e ali os azuis e brancos ensaiaram jogadas ao primeiro toque. Tiveram um futebol mais associativo fruto da presença de Corona e Nakajima perto de Zé Luís. O nipónico, por exemplo acertou nas malhas laterais à meia-hora de jogo.

Depois do maior (e único) sobressalto, o FC Porto limitou-se a esbanjar oportunidades. Ricardo Fernandes e Mathaus impediram Zé Luís de fazer o que tinha feito na primeira mão, ou seja, marcar. Por sua vez, Rui Silva impediu o desvio de Díaz após cruzamento de Manafá.

Após um arranque de segunda parte com pouco interesse, os dragões arrancaram para 10 minutos de asfixia completa. Numa saída em contra-ataque, Díaz fez tudo bem – limpou dois adversários -, mas errou na finalização(59m). Corona foi pelo mesmo caminho e perdeu o mano a mano com o guarda-redes Ricardo Fernandes (63m).

Na catadupa de oportunidades, acabou por ser Zé Luís a desviar um cruzamento de Alex Telles para o fundo da baliza viseense. Após recurso ao VAR, o lance foi validado e o dragão pôs-se confortável, recostou o banco e começou a pensar no que vai fazer quando chegar ao destino.

Sérgio Oliveira rendeu Uribe, tocado, e ainda foi a tempo de fazer o 3-0. Outra vez o VAR em ação: Diogo Leite desviou o canto de Alex Telles e o médio empurrou para a baliza deserta (73m).
O resultado não esconde (nem o pode fazer) a boa réplica deixada pelo Académico de Viseu.
Destino: Jamor. O FC Porto tem chegada prevista para 24 de maio e lá irá reencontrar o Benfica pela décima vez.

JN/MF/MS

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