Futebol

Quente… até demais!

 

milenio stadium - porto sporting

 

Enquanto adjetivo, “clássico” é algo que é considerado um modelo. Bem, se pensarmos no que vimos na passada sexta-feira (11) no Estádio do Dragão vem-nos tudo à cabeça menos apelidar o jogo de “clássico” – pende mais para “ignominioso”, que é como quem diz “vergonhoso”…

Já se adivinhava que o encontro entre dragões e leões fosse quente, mas foi mais que isso: foi escaldante… e deixou muitos “escaldados”!

A partida começou por ser bem disputada, primeiro com o Vitinha e Taremi a obrigarem Adán a mostrar serviço. Depois, Pepe ainda teve uma grande oportunidade de desbloquear o marcador, mas rematou ao lado.
A pressão azul e branca não foi, no entanto, suficiente para deter a equipa de Rúben Amorim: aproveitando a linha defensiva portista alta, Esgaio virou o flanco para Matheus Reis, com o brasileiro a cruzar para a área, encontrado Paulinho que, de cabeça, fez o seu 12.º golo nesta temporada.

Os dragões continuaram a apostar no ataque, mas o Sporting é que teve aquilo que faz ganhar pontos: eficácia. Aos 34’, Nuno Santos, que só teve de encostar, após uma bela jogada dos leões, que desmontou por completo a defesa portista.

A resposta azul e branca não tardou – quatro minutos depois, os dois prodígios do meio-campo portista, Vitinha e Fábio Vieira, trocaram bem a bola, com o último a tabelar com Taremi e, de primeira e fora de área, a disparar para o 2-1.

Por esta altura os ânimos já estavam mais do que exaltados e pouco jogo se viu até ao final da primeira parte.
Nos primeiros minutos após o reatamento, Coates viu o segundo amarelo – sendo que o primeiro tinha sido por ter sido pisado por Taremi (e não, não me enganei a escrever) -, após fazer falta sobre Evanilson, que seguia isolado, e consequente ordem de expulsão.

Aos 59’, já depois de Amorim ter lançado Palhinha e Conceição fazer entrar Galeno, Francisco Conceição e Pepê, Zaidu acertou no poste. Cerca de 20 minutos depois, o “pequeno génio” Fábio Vieira voltou a fazer das suas: percorreu o corredor esquerdo e serviu Taremi, que bateu Feddal no ar – que fez, à cabeçada, o empate no Dragão.

Um resultado que, no final de contas, é mais benéfico para o F.C. Porto, que mantém a distância para o rival. Apesar disso, o Sporting fica com vantagem no confronto direto, por ter marcado dois golos fora de casa.
Para além de, num total de 105 minutos, apenas se tenham jogado (de bola corrida) 43, é também impossível deixar de lamentar os acontecimentos logo após o apito final, com agressões, empurrões e confrontos entre jogadores, equipas técnicas e até, imagine-se, apanha-bolas! João Pinheiro acabou por mostrar quatro vermelhos (Pepe, Marchesín, Bruno Tabata e Palhinha).

Antunes abriu, de livre, o ativo em Braga, colocando o visitante Paços de Ferreira na frente do marcador. Apesar disso, a partida acabaria com a vitória dos arsenalistas, graças a um bis de Ricardo Horta (67’ e 90’). A equipa de Carlos Carvalhal segue na quarta posição, enquanto que os pacenses estão no 13.º lugar.

Na Luz, temeu-se o pior para o lado dos encarnados quando um golo de Mohebi, aos 20’, colocou o Santa Clara em vantagem: depois de uma bola ao poste de Vertonghen (19’), Rui Costa tentou um primeiro remate, Vlachodimos fez uma defesa incompleta e permitiu o golo do iraniano.

Ainda antes do intervalo, os açorianos estiveram, por duas vezes, perto de ampliar a vantagem, mas a sorte esteve do lado da equipa de Nélson Veríssimo e o resultado não se alterou até ao segundo tempo: e aí a história já foi outra.

Aos 60’, Villanueva cometeu falta sobre Rafa na grande área adversária e Darwin não vacilou na cobrança da grande penalidade. Apenas dois minutos depois, numa arrancada pelo flanco direito encarnado, Rafa coloca em Yaremchuk e este cruza rasteiro para o segundo poste, onde surge, sozinho, o uruguaio para fazer o bis.
Esta vitória permitiu ao Benfica aproximar-se dos principais rivais – está agora a quatro pontos do Sporting e a 10 do F.C. Porto.

O Portimonense tem agora 27 pontos, após o empate a uma bola na receção ao Boavista. Os axadrezados, que se viram reduzidos a 10 jogadores aos 77’ minutos, por expulsão de Jackson Poroso, anularam uma primeira vantagem conseguida por Ricardo Matos, aos 18’, com um golo Musa, ainda durante a primeira parte (41’). Os algarvios já levam oito jornadas sem vencer, enquanto que a equipa de Petit já não vence há sete jogos.

Arthur Gomes marcou, a quatro minutos dos 90, o golo que valeu a vitória do Estoril sobre o Tondela. Os canarinhos, que já não venciam desde a 14.ª jornada, impuseram a segunda derrota consecutiva aos beirões, que estão agora no 14.º lugar.

O Famalicão deixou a zona de descida após golear o Moreirense – foi a maior goleada do clube na I Liga. Pêpê (25’), da marca dos onze metros, Simon Banza (31’), Adrián Marin (34’), João Carlos Teixeira (45’) e Dolcek (69’) foram os autores dos tentos dos anfitriões. O Moreirense é agora 16.º, com 19 pontos.

No dérbi minhoto entre Vizela e Gil Vicente quem levou a melhor foram os gilistas: depois de Alexis Méndez derrubar Henrique Gomes na área, Fran Navarro cobrou com êxito a respetiva grande penalidade.

No Estádio Municipal de Arouca, a vitória foi dos visitantes insulares. O bis de Alipour (7’ e 81’) e um tento de Joel Tagueu (26’) estabeleceram a vitória incontestável do Marítimo, que agora está na oitava posição.

Por fim, a grande surpresa desta jornada: a vitória do Belenenses SAD sobre o Vitória SC. Ainda que continue a ser o lanterna vermelha do campeonato, a equipa de Franclim Carvalho levou a melhor sobre os vimaranenses graças a um golo solitário de Alisson Safira aos 50’.

Inês Barbosa/MS

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER