O leão em ascensão e o tombo do Famalicão
Quatro pontos-chave resumem a vitória do Sporting, por 1-0, sobre o Marítimo: as bancadas despidas de Alvalade, a lesão de Luiz Phellype, a estreia de Sporar e os dois golos anulados aos leões pelo VAR.
Já se haviam jogado os primeiros 15 minutos da partida quando Sporar entrou para o lugar do lesionado Luiz Phellype. Aos 19’, já depois de algumas jogadas leoninas de perigo, Coates, qual acrobata, introduziu a bola na baliza de Amir, mas viu o lance ser invalidado pelo VAR. Aos 53’ Rafael Camacho viu seu golo ser também invalidado pelo VAR – a noite parecia querer seguir a máxima “à terceira é de vez”…
Depois de Bruno Fernandes enviar uma bola ao ferro, o golo (a contar) chegou finalmente. O recém-entrado Jovane cruzou, Bruno Fernandes não chegou a tempo, mas Cristian Borja não desperdiçou a oportunidade, fuzilando o guardião insular.
Terá esta vitória restaurado a fé dos adeptos leoninos? Veremos como corre a deslocação a Braga na próxima jornada.
Convém referir, no entanto, que, matematicamente, o Sporting não estaria onde está se o Famalicão não tivesse “facilitado”. Da marca dos onze metros, Lincoln marcou o único golo da partida que valeu os três pontos ao Santa Clara. Os açorianos estiveram, de facto, melhores na primeira parte e souberam gerir a vantagem. De referir, no entanto, que o VAR da partida, Cláudio Pereira, reconheceu entretanto que esta grande penalidade foi um erro da sua responsabilidade.
A única goleada desta jornada tem o carimbo do Vitória de Setúbal: venceu por 3-0 em Tondela. Carlinhos (14’), Zequinha (31’) e Guedes (49’) construíram a vitória sadina e possibilitaram a ascensão ao oitavo lugar da I Liga, com 25 pontos.
Quem também termina a ronda com 25 pontos é um outro Vitória… o de Guimarães. Este, por seu turno, não fez jus ao nome e foi incapaz de derrubar (apesar de bem ter tentado), no Estádio D. Afonso Henriques, o Rio Ave. Diego Lopes, aos 38’, e Matheus Reis, aos 40’, apontaram os tentos dos vilacondenses. João Pedro foi quem marcou pelos conquistadores.
O Belenenses bateu o Portimonense por 2-1 – golos de Silvestre Varela (42’), Nilton Varela (50’) e Dener (84’) -, na estreia de Bruno Lopes no comando dos algarvios. Os azuis interrompem assim uma série de quatro derrotas consecutivas e Petit alcançou o seu primeiro triunfo enquanto treinador da equipa.
Bruno Lage pediu que a sua equipa entrasse “a mil” em Paços de Ferreira e os seus jogadores não fizeram a coisa por menos. No jogo que opôs castores e águias não faltou garra, intensidade e velocidade – principalmente graças ao “suspeito do costume”, Rafa.
O Benfica entrou melhor em jogo e desde cedo foi somando diversas oportunidades que por pouco não resultaram em golo – de facto, Pizzi chegou a introduzir a bola na baliza pacense aos 18’, mas Manuel Oliveira anulou o lance por fora de jogo.
A equipa da casa não se acanhou perante o líder da prova: apostou sobretudo no contra-ataque e também soube dar trabalho à defesa benfiquista.
Aos 38’, Rafa, servido por Rúben Dias, arrancou em direção à baliza de Ricardo Ribeiro, fintou Baixinho e abriu o marcador.
O Benfica viria a ampliar vantagem por intermédio de Vinícius, aos 47’: a jogada começa num grande passe em profundidade de Ferro, e Rafa, que continuava “a mil”, correu em direção ao alvo e o avançado brasileiro só teve de encostar.
O Benfica ainda voltou a marcar – novamente Vinícius -, mas mais uma vez o tento foi anulado por fora de jogo do brasileiro. Também Seferovic teve nos pés a chance de fazer o 3-0, mas atirou por cima. A 15.ª vitória consecutiva do Benfica mantém a distância de sete pontos para o FC Porto, que venceu o Gil Vicente por 2-1 no Estádio do Dragão.
Os fantasmas que têm vindo a assombrar a equipa de Sérgio Conceição ainda fizeram das suas nesta partida: já em cima do período de descanso e já depois de ambas as equipas terem construído boas oportunidades, os gilistas chegaram ao golo. Numa jogada de contra-ataque, a equipa de Barcelos aproveitou-se da momentânea desorganização portista – Fernando Fonseca cruzou e Sandro Lima cabeceou a bola para o fundo das redes, deixando Marchesin muito mal na fotografia.
Foram precisos apenas dois minutos e um cruzamento teleguiado de Uribe para que Marcano chegasse, também “à cabeçada”, ao empate. Já na segunda parte, à passagem do minuto 56, Romário Baró entregou a bola a Sérgio Oliveira que, por sua vez, guiou a bola para onde queria. Estava feito o 2-1 no Estádio do Dragão.
Perto dos 80’ de jogo, João Afonso fez falta sobre Uribe, o que lhe valeu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. A jogar contra 10, os azuis e brancos ainda tentaram aumentar a vantagem mas sem sucesso.
A equipa de Vítor Oliveira é 9.º, com os mesmos 22 pontos do Boavista, 10.º, que venceu em Vila das Aves por 1-0.
O golo solitário foi apontado pelo brasileiro Cassiano, aos 12’. Com esta derrota, o Aves permanece, sem surpresas, no fundo da tabela, com nove pontos.
Ruben Amorim continua a percorrer uma estrada plena de sucessos – o Braga garantiu o quinto lugar, após vencer em Moreira de Cónegos por duas bolas a uma. Francisco Trincão (8’) e Rui Fonte (10’) marcaram pelos arsenalistas, enquanto que Rosic reduziu pelos cónegos aos 71’.
Ainda antes do apito final, no oitavo minuto de compensação, João Novais viu vermelho direto e falhará, por isso, a recepção ao Sporting.
A equipa comandada por Ricardo Soares – que já não vence há quatro jornadas – termina esta ronda em 14.º lugar, com 18 pontos.
Inês Barbosa
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