F. C. Porto vence clássico com o Sporting e fecha as contas do título
O F. C. Porto venceu (2-0), esta quarta-feira (15), o Sporting no Estádio do Dragão e juntou mais um troféu ao palmarés, o 61.º na era de Pinto da Costa. Danilo e Marega marcaram os golos do triunfo.
Os verdadeiros campeões veem-se nas conquistas, mas ainda mais pela forma como se erguem das derrotas e superam as barreiras. E acabou mesmo por ser esse espírito que levou o F. C. Porto a conquistar o 29.º título do palmarés, o segundo com Sérgio Conceição ao leme. Que época, esta.
Primeira jornada. O F. C. Porto cai perante o Gil Vicente, recém-promovido à Liga. Seguiram-se vitórias, uma delas frente ao Benfica, facto que prova que o favoritismo não entra nas quatro linhas e que o futebol pode mudar de uma semana para a outra. Depois de um arranque complicado na Liga e uma eliminação na Liga dos Campeões, a equipa de Sérgio Conceição foi à casa de um rival que respirava confiança impor uma exibição que não deixou margem para dúvidas e deixar mossa nos encarnados.
O Benfica ressentiu-se, mas a verdade é que chegou à liderança, lugar em que esteve com sete pontos de vantagem em relação aos dragões. Os encarnados terminaram a primeira volta com o melhor ataque, seis golos sofridos, 17 vitórias e donos da melhor primeira volta com 18 equipas, com 94,44% de sucesso de Lage. O campeonato parecia entregue. Mas ainda faltava a segunda ronda e tudo mudaria no Estádio do Dragão. Os encarnados perderam o clássico por 3-2, naquele que seria o primeiro passo para a conquista azul e branca.
Na semana seguinte, um episódio marcante tanto no mundo azul e branco como no futebol português. Em Guimarães, o F. C. Porto vence (2-1) com um golo de Marega a ser decisivo. O mesmo Marega que, minutos depois, decidiu abandonar o relvado depois de ouvir insultos racistas. Sérgio Conceição apelou sempre ao conceito de “família”. E foi como uma família que a equipa apoiou o avançado maliano após o episódio no Estádio D. Afonso Henriques e que nunca baixou os braços, aproveitando os deslizes do Benfica – depois do clássico, os encarnados somaram uma derrota e um empate – até chegar à liderança. De onde nunca mais saiu.
Março de 2020. A competição é interrompida devido à covid-19. Os atletas veem-se obrigados a treinar de uma forma inédita e a adaptar-se a uma nova realidade. Mais de dois meses depois, o regresso. E novo deslize, novamente no Minho, desta feita frente ao Famalicão e, duas jornadas depois, empate frente ao Aves. Mas os percalços do Benfica foram maiores e os dragões souberam aproveitar como nunca. E, hoje, levantam o 29.º caneco.
JN/MS
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