Em noite de S. João, não faltaram marteladas!
Oh meu querido São João,
Explica-me o que se anda a passar!
Ora não têm pernas para chegar à baliza,
Ora desatam a “martelar”!
Uma jornada em que ninguém se pode queixar de falta de golos. Começámos com a vitória caseira do Gil Vicente sobre o lanterna-vermelha, o Desportivo das Aves, por três bolas a zero, com golos de Henrique Gomes (10’), Rúben Ribeiro (36’) e Samuel Lino (90’). A equipa de Barcelos ainda não tinha somado qualquer ponto desde a retoma do campeonato.
De seguida, a vitória do Portimonense, por 3-2, frente ao Marítimo. O primeiro golo foi dos algarvios, aos 24’, depois de um lance insólito onde Bruno Tabata aproveita a má comunicação entre o guarda-redes Charles e Rene Santos. Só visto! Aos 39’ Aylton Boa Morte fez o 2-0, Rodrigo Pinho reduziu para o Marítimo aos 58’, mas passados seis minutos Hackman voltou a ampliar a vantagem. O resultado final seria estabelecido com o bis de Rodrigo Pinho, aos 90+4’.
Mas houve quem não fosse feliz a jogar em casa: comecemos pelo Vitória de Setúbal, que até começou por se colocar em vantagem, mas acabou vencido pelo Rio Ave. No Bonfim, Guedes foi o primeiro a marcar, aos 25’, mas os golos de Taremi (uma grande penalidade aos 27’) e de Gelson Dala, aos 80’, consumaram a reviravolta vilacondense. De referir que aos 54’ Zequinha viu vermelho direto, deixando os sadinos em inferioridade numérica.
Avancemos então para o jogo que deixou tanta gente de queixo caído: na corrida pelo título, o Benfica parece vir a esquecer-se de noções tão básicas como… correr! Chega a meter dó ver este Benfica a jogar…
No Estádio da Luz, o golo inaugural marcado pela equipa visitante, o Santa Clara, aos 44’ por intermédio de Anderson Carvalho (Nuno Tavares ficou muito mal na fotografia), foi mais do que um pequeno “susto” para os encarnados. Os açorianos, que desde cedo provocaram dificuldades à turma de Lage, foram em vantagem para intervalo – mas ninguém estava preparado para o que aí vinha! Mais concretamente para seis golos! Sim, leram bem.
Os encarnados pareciam ter entrado na segunda parte de espírito renovado, e chegaram ao empate, por Rafa, aos 50’ – André Almeida passa a bola ao médio, que atira de pé esquerdo para um belo golo. Mas a alegria das águias foi sol de pouca dura: sete minutos depois, Sanusi, de cabeça, colocava os açorianos novamente em vantagem.
As reviravoltas não se ficariam por aqui! Vinícius bisou, aos 63’ e 65’, e deu a vantagem à sua equipa. Mais uma vez, ainda não estava tudo visto! Emoções com certeza não faltaram. Foi ao minuto 80 que Rúben Dias tocou a bola com a mão dentro da área, sendo assinalada uma grande penalidade que Crysan converteu com sucesso. Já em tempo de compensação, e com diversos sinais de desalento da equipa da Luz, chegou um novo murro no estômago: depois de (mais) um erro defensivo do Benfica, Zé Manuel faz o golo da vitória para o Santa Clara.
Pior que isto só mesmo verem o seu adversário direto, o F.C. Porto, a vencer, também em casa, o Boavista e isolar-se na liderança do campeonato. Ficaram com uma cabeça maior que um balão de São João…
No dérbi da Invicta, Marega, que estava a “zeros” desde fevereiro, voltou a marcar – e em dose dupla! Para além disso, ainda é ao avançado que os azuis e brancos têm de agradecer dois penáltis.
Mas os golos só surgiram na segunda metade da partida: a equipa de Daniel Ramos apresentou-se bastante recuada no terreno, dificultando a entrada da equipa portista no seu miolo defensivo.
Aos 52’, Corona serve Marega à entrada da àrea que, na cara do guarda-redes, não vacilou. Seis minutos depois Dulanto derruba o maliano na área e o árbitro da partida aponta para a linha dos onze metros – estava feito o 2-0, por Alex Telles. O terceiro golo da noite surgiria também por cobrança do castigo máximo, depois de (mais uma vez) Dulanto desviar com o braço um cruzamento de Marega – desta vez foi Sérgio Oliveira quem rematou forte, não dando hipóteses a Helton Leite. Aos 84’ surge o bis do avançado maliano – Fábio Vieira interceta a bola após uma boa recuperação de Uribe no meio-camo, serve Marega que, mais uma vez, levou a melhor sobre o guardião do Boavista.
São João abençoou os dragões e fez deles líderes isolados! Afinal, parecia que só com intervenção divina é que os rivais se decidiam… Ufa!
Inês Barbosa/MS
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