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Dar corda às chuteiras

Análise

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Crédito: DR.

As equipas da I Liga estão com o calendário preenchido – entre as jornadas 16 e 18, sobretudo. É que ao contrário do que é habitual, durante este período os jogos acontecem com um intervalo de tempo muito mais curto: o F.C.Porto, por exemplo, joga de três em três dias. Ninguém disse que era fácil… Bom, mas vamos também nós meter os pés ao caminho e fazer um pequeno resumo de tudo aquilo que se passou na 16ª jornada da Liga.

Começamos pela estrelinha de campeão do líder Sporting: a turma de Alvalade voltou a ganhar já em período de descontos, desta feita frente ao Benfica – uma vitória caseira que já não acontecia desde  a temporada 2011/2012, onde os leões também venceram por 1-0, com um golo de Ricky van Wolfswinkel.

A vitória foi merecida, note-se, mas a partida não foi particularmente brilhante: as oportunidades não abundaram, a qualidade não esteve nos píncaros, mas o que é certo é que o Sporting fez mais por merecer a vitória.

Remates enquadrados com a baliza durante a primeira parte nem vê-los: para além de uma ou outra ocasião de perigo (de realçar o remate de Porro aos 35’ e a oportunidade desperdiçada por Neto aos 40’) poucos mais há para contar no que aos primeiros 45 minutos diz respeito. Não me culpem a mim! No reatamento, Darwin tentou a sua sorte com um remate potente, mas Adán estava onde deveria estar e negou o golo ao uruguaio.

Saltamos para o minuto 80, já com Jovane, Palhinha e Tabata em campo por troca com Nuno Santos, João Mário e Tiago Tomás, respetivamente, e numa altura em que os leões começavam a meter as garras de fora e a criar mais oportunidades:  uma virada de flanco por parte de Feddal encontra Tabata junto à linha de fundo, este cruza, Vertonghen corta a bola, esta sobra para Palhinha e o médio, à entrada da área, remata com a bola a passar muito perto do poste direito da baliza de Vlachodimos.

E se não vai ao pontapé… vai à cabeçada! Ao segundo minuto dos cinco de compensação, Porro cruzou da direita, Vlachodimos defende mas coloca a bola exatamente onde não devia: na cabeça de Matheus Nunes que, sozinho, atirou a contar e deu a vitória à equipa de Rúben Amorim.

Pouco deslumbrante foi também o jogo que opôs o F.C.Porto e o Rio Ave. Foi uma má estreia para Miguel Cardoso no emblema de Vila do Conde, já que os golos de Luis Díaz, aos 44’, e de Evanilson, aos 74’, sentenciaram a derrota do Rio Ave, que já leva três jogos consecutivos sem vencer.

É certo que os dragões não têm tido “descanso”: entre o campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga, a equipa tem “puxado pelo cabedal” e, por isso mesmo, é normal que não se apresentem em campo tão “frescos” como aconteceria em condições normais. Ainda assim, foram claramente superiores na partida e logo aos quatro minutos criaram a primeira oportunidade de golo, por Luis Díaz.

O Rio Ave tentava responder, mas os azuis e brancos controlavam o jogo com relativa tranquilidade, tendo inclusive ficado, mais uma vez, perto do golo – primeiro por Marega e depois novamente por Luis Díaz. Na realidade, o colombiano tanto tentou… que conseguiu! Em cima do intervalo, e após cruzamento de Zaidu, Díaz assiste Taremi, cujo remate foi defendido por Kieszek, mas, na recarga, o camisola 7 do FC Porto inaugurou o marcador.

Na segunda metade da partida a equipa da foz do Ave fez-se notar, graças a um par de remates de Gelson Dala e ainda num cabeceamento de Ronan, que bateu nos pés de Mbemba e quase traiu Marchesin. Ainda assim foi o F.C. Porto quem voltou a ser feliz: Evanilson, que entrou na partida aos 67’, finalizou da melhor forma uma jogada de insistência de Taremi, estabelecendo o 2-0 final.

O Nacional regressou às vitórias com uma reviravolta frente ao Famalicão: Anderson, aos 33’, inaugurou o marcador no reduto madeirense, mas aos 53’ Rochez igualou e apenas quatro minutos depois Francisco Ramos deu a cambalhota no marcador.

Os axadrezados seguiram o exemplo da equipa de Luís Freire: em Portimão, foram os da casa os primeiros a marcar (aos 36’, por Ewerton), mas Elis, aos 45’, e Paulinho, aos 63’, marcaram os golos que resultaram na primeira vitória de Jesualdo Ferreira enquanto treinador do Boavista.

Já o Farense terminou esta jornada no fundo da tabela classificativa, depois de ter saído derrotado, por 2-0, do reduto do Tondela. Foram João Pedro, aos 46’, e Rafael Barbosa, aos 90+3’, os autores dos golos que garantiram a quinta vitória no campeonato à equipa beirã.

No Estádio D. Afonso Henriques, Óscar Estupiñán apontou, aos 48’, o golo do triunfo vimaranense sobre o Marítimo, enquanto que nos Açores o Santa Clara impôs-se ao Belenenses, por 2-0 (Cryzan, de grande penalidade, e um autogolo de Diogo Calila).

Braga e Paços de Ferreira continuam em grande forma e também venceram nesta jornada: os pacenses bateram, em Barcelos, o Gil Vicente por 2-1 (João Amaral e Luiz Carlos marcaram pela equipa de Pepa, enquanto que Abbas reduziu aos 86’) e os Guerreiros do Minho golearam os vizinhos de Moreira de Cónegos com tentos de Fransérgio (7’), André Castro (17’), Raúl Silva (22’) e André Horta (87’), terminando a ronda em terceiro lugar, em igualdade pontual com o Benfica.

Tudo dito! Até à próxima jornada!

Inês Barbosa/MS

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