
O ciclista holandês (Jumbo-Visma) teve de ter proteção policial após receber ameaças de morte devido ao acidente com o compatriota Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep), em agosto.
“As ameaças eram tão concretas e sérias que chamámos a polícia alguns dias depois. A polícia guardou-nos a casa durante semanas, não podia sair de casa de forma espontânea, era acompanhado por um agente”, revelou.
Ainda suspenso pela União Ciclista Internacional, que lhe aplicou uma sanção de nove meses, até maio de 2021, a mais longa aplicada a um corredor sem ser por doping, o sprinter holandês deu uma entrevista à revista Helden em que falou dos meses desde o acidente com Jakobsen, que ficou em estado grave após o choque, em agosto de 2020.
“Recebíamos cartas com ameaças de morte escritas à mão. Uma delas trazia uma forca, e dizia que com ela podíamos enforcar o nosso filho depois de a ler. Ficámos aterrorizados”, contou.
O ciclista, que planeia voltar em maio na Volta à Hungria, revelou ainda o sentimento de paranoia quer em casa quer na rua, porque “começam a surgir coisas que não estão realmente lá”, desde o alarme disparar em casa por esquecimento ou manobras arriscadas no trânsito.
Jakobsen, companheiro do português João Almeida da Deceuninck-QuickStep, sofreu uma queda grave na primeira etapa da Volta à Polónia, a 5 de agosto de 2020, quando Groenewegen o atirou contra as barreiras num sprint a 80 km/hora.
O holandês perdeu todos os dentes, à exceção de um, e teve de levar 130 pontos na face. Chegou a estar em coma induzido e só em novembro voltou aos treinos.
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JN/MS
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