Desporto

Bávaros invictos… e milionários!

Com um trajeto 100% vitorioso – algo inédito em toda a história da competição -, o Bayern de Munique “sacou” o título ao Liverpool, vencedor da edição anterior, e sagrou-se campeão da prova na noite do passado domingo, dia 23 de agosto.

 

Bávaros invictos e milionários-desporto-mileniostadium
O Bayern de Munique “sacou” o título ao Liverpool, vencedor da edição anterior, e sagrou-se campeão da prova na noite do passado domingo, dia 23 de agosto. Foto: Reuters

 

De referir ainda que este foi o “triplete” para a equipa de Munique, algo que já haviam alcançado em 2012/13: conquistaram a Champions, a Bundesliga e a Taça da Alemanha na mesma temporada.

A equipa orientada por Hans-Dieter Flick igualou o Liverpool no terceiro lugar da lista de clubes com mais “orelhudas” levantadas – seis, no total. No topo desta lista permanece o Real Madrid, com 13, e em segundo lugar está o AC Milan, com sete. A equipa de Messi (até ver), o Barcelona, é quem fecha a contagem das cinco equipas com mais troféus, com cinco conquistas. O FC Porto e o Benfica já venceram esta prova duas vezes.

Mas para além do enorme prestígio que é conquistar a maior prova do futebol mundial de clubes, esta competição também é conhecida como “prova milionária” por algum motivo! E em tempos de pandemia, em que o futebol foi duramente afetado financeiramente, o “plim plim” cai “que nem ginjas”!

Senão vejamos: segundo a UEFA, no triénio 2018-2021, o vencedor da Champions tem direito a um “modesto” prémio de 19 milhões de euros. O finalista derrotado, por sua vez, leva para casa 15 milhões. Trocos, portanto! Mas antes disso ainda houve muita nota a entrar nos cofres dos 32 clubes em competição: os clubes qualificados para os oitavos de final receberam cada 9,5 milhões de euros, os que conseguiram chegar aos quartos de final 10,5 milhões, e finalmente os que atingiram as meias finais ganharam 12 milhões de euros. Na fase de grupos cada clube recebeu 15,25 milhões, enquanto que cada vitória valia 2,7 milhões e cada empate 900 mil euros (apenas nesta fase).

Mas não é tudo: ainda há que acrescentar o prémio por ranking UEFA dos últimos 10 anos! O pior classificado do ranking dos 32 participantes da fase de grupos recebe 1,108 milhões de euros, o clube acima ganha o dobro, o seguinte o triplo e assim sucessivamente até ao mais bem classificado – neste caso o Real Madrid, que recebe 35,4 milhões de euros.

Resumindo, tentando não baralhar e pegando no exemplo do Benfica, o único clube português em prova nesta edição e que não foi além da fase de grupos, este trouxe para casa um total de 49,75 milhões de euros: 42,95 milhões pela entrada na fase de grupos (15,25 pela presença na fase de grupos e 27,7 de valor mínimo que podem receber pelo ranking dos últimos 10 anos), 5,4 milhões pelas duas vitórias (Lyon e  Zenit), 900 mil euros do empate contra o RB Leipzig e 500 mil euros pelo apuramento para os 16 avos de final da Liga Europa. Pensavam que ficávamos por aqui? É claro que não! É que a este “pé de meia” ainda se juntam os relativos aos direitos de transmissão dos jogos.

No total, a UEFA distribuiu um total de 292 milhões de euros pelos 32 clubes nesta temporada.

Mas vamos a um pequeno resumo do jogo da final, em que Kingsley Coman acabou por ser o grande herói da noite… pelo menos para os adeptos do Bayern! Mas, obviamente, não pode passar em branco os quilómetros percorridos por Müller, os excelentes e inteligentes passes de Thiago Alcântara ou as incríveis defesas de Neuer.

Já o PSG, estreantes nesta “vida” de finalista da Champions, acusaram “um quê” de pressão e, apesar de se terem batido bem, jogaram quase sempre na expectativa, deixando escapar o tão desejado título.

Dito isto, o jogo foi muito repartido e a primeira parte foi sem dúvida empolgante – na realidade, a primeira oportunidade de golo partiu do PSG, aos 18 minutos. Numa jogada de muito perigo, Mbappé isolou Neymar na área. O brasileiro rematou mas pela frente encontrou um enorme Neuer, que lhe negou o golo com uma bela defesa. O atacante da formação parisiense ainda tentou a recarga, mas o guarda-redes alemão não estava para brincadeiras.

Poucos minutos depois, foi Lewandowski que, após receber um cruzamento de Davies no coração da área, rematou e acertou ferro. Di María também tentou a sorte, mas o remate foi direito às bancadas.

À passagem da meia hora de jogo, com o jogo bastante dividido e com ocasiões de grande perigo para ambos os lados, Lewandowski voltou a ameaçar a baliza de Navas, cabeceando já em queda e na pequena área. Valeu o guardião costarriquenho a evitar males maiores.

Ainda antes do intervalo o Bayern reclamou uma grande penalidade, mas o árbitro da partida nada assinalou.

O ritmo acabou por abrandar no segundo tempo, mas a emoção esteve sempre lá. Só faltavam mesmo… os golos! Aos 59, o extremo francês Coman não poderia ter respondido de melhor forma a um cruzamento de Kimmich na direita – foi de cabeça que marcou o golo que colocou os bávaros no topo da Europa. Um marcador que não poderia ser mais inesperado e que, ainda por cima, foi formado no PSG… O “destino” tem destas coisas!

O campeão francês não baixou os braços e tentou, até ao fim, correr atrás da reviravolta – aos 70’, Marquinhos surgiu na cara de Neuer, mas mais uma vez o guardião mostrou ser uma muralha (muito) difícil de ultrapassar. Já em tempo de compensação ainda houve tempo para Neymar ver Choupo-Moting falhar o desvio à boca da baliza. Um esforço inglório, já que o 1-0 no marcador foi suficiente para entregar, pela sexta vez, a taça a esta verdadeira máquina de futebol que é o Bayern de Munique.

Inês Barbosa/MS

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