Entre as muitas declarações inspiradoras, algumas destacaram-se pela profundidade e pela capacidade de refletir a intensidade do momento.
Houve mais de 11 mil atletas nos Jogos Olímpicos Paris 2024 e mais de 11 mil histórias de triunfo, desgosto, esperança e perseverança. A competição foi um espetáculo de emoções, dedicação e superação.
A Women’s Health acompanhou cada momento, trazendo uma cobertura completa dos feitos dos atletas portugueses, destacando os momentos mais marcantes, incluindo as frases que encapsularam o espírito dos jogos.
As palavras que marcaram Paris 2024
Em cada canto de Paris, os atletas deixaram a sua marca não apenas pelas conquistas, mas pelas palavras que, muitas vezes, falaram mais alto que as medalhas.
A pugilista argelina Imane Khelif, apanhada no meio de uma polémica sobre identidade de género depois de ganhar o ouro, disse: “Tenho todas as condições para participar, sou uma mulher como qualquer outra. Nasci mulher, vivi mulher e competi como mulher”.
A nadadora australiana Ariarne Titmus disse: “Olho para mim e sou tão normal. Espero que ninguém olhe para mim de forma diferente. Sou a mesma rapariga pateta da Tasmânia que está aqui a viver o seu sonho”, depois de ter defendido com êxito o seu título nos 400 metros livres.
“Antes de sair para esta final mandei uma mensagem para minha mulher ‘Antes morto do que não tentar’. Se estou vivo é porque tentei e dei o meu melhor”, contou Fernando Pimenta após a final de K1 1.000 metros.
“Acabei por ficar um pouco cega de um olho, mas disse ‘estou aqui para lutar até ao fim'”, disse a ginasta brasileira Flavia Saraiva, que competiu com uma ligadura no olho e ganhou o bronze na ginástica de equipa feminina após uma queda durante o aquecimento.
“É a recompensa, é mostrar que que tudo isso valeu a pena, mesmo sem medalha eu sinto que todo o trabalho, todo o esforço que eu tenho feito vale a pena porque eu estou a fazer aquilo que eu mais gosto, mas ser agraciada no final do dia com uma conquista como esta dá mais sentido a tudo, dá mais vontade de continuar a batalhar”, afirmou Patrícia Sampaio após ter ganho a medalha de bronze na categoria -78kg no judo.
“A Rebeca é tão incrível, é uma rainha. Primeiro de tudo, é um pódio só com mulheres negras, o que é muito empolgante para nós. Nesse momento, a Jordan disse-me: ‘vamos fazer-lhe uma vénia?’ E eu fiquei tipo: ‘com certeza’. E ela: ‘Vamos fazer isso agora?’ Foi por isso que nós fizemos isso. Mas é tão emocionante vê-la. E também tinha todos os fãs na multidão sempre a torcer por ela. Então, era a coisa certa a fazer. Ela é uma rainha’‘, disse Simone Biles após a vénia feita a Rebeca Andrade no pódio olímpico.
“A paciência costuma ser um dos nossos pontos fortes e acabámos por surpreendê-los no final. Tínhamos isto programado e conseguimos”, referiu Iúri Leitão após se tornar campeão olímpico na prova de Madison, no ciclismo, juntamente com Rui Oliveira.
“Era o sonho da nossa família, o meu sonho, entrar nos Jogos Olímpicos. Isso não se concretizou anteriormente. Mas não faz mal. Tenho agora 58 anos, o meu pai tem 92 anos. Finalmente realizei esse sonho para ele”, afirmou Zhiying Zeng, do Chile, um dos muitos atletas que ultrapassaram a “tradicional” idade de juventude dos atletas olímpicos.
“Eu dei tudo o que eu podia dar. E um resultado é só um resultado. Dependendo do dia, depende dos júris, é muito relativo. Por isso, talvez numa próxima eu consiga dar melhor”, declarou Vanessa Marina, a primeira e única portuguesa a competir na nova modalidade de breaking.
“Eu sei que em Portugal, é só futebol, mas somos também atletas, precisamos também de um bocadinho. Não estamos a pedir muito, mas um bocadinho daquilo que dão ao futebol, acho que um bocadinho para nós é suficiente”, realçou Pedro Pichardo após ganhar a medalha de prata no salto triplo.
Redes Sociais - Comentários