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Davenport De Villa esclarece dúvidas sobre vacinação em Town Hall

Numa altura em que os números diários de COVID-19 na província de Ontário voltaram a atingir um novo valor recorde e que o governo anunciou mais restrições para travar a transmissão do vírus, nunca foi tão importante ser vacinado. O fornecimento de vacinas ainda é limitado, mas para os grupos etários elegíveis e para as pessoas que vivem em hot spots esse dia pode estar mais próximo. Para ajudar a clarificar dúvidas a principal médica de saúde de Toronto, a Dr. Eileen de Villa, esteve presente na passada quinta-feira (15) numa Town Hall organizada por Ana Bailão, Deputy mayor e que contou com a presença da MPP Marit Stiles. 

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Créditos: TorontoCityhall

Apesar das recentes notícias que apontam que duas pessoas no Canadá, no Quebec e em Alberta, tiveram coágulos sanguíneos depois de tomarem a vacina da AstraZeneca, De Villa sublinha que é importante tomar a vacina quando chegar a nossa vez. “O mundo inteiro quer estas vacinas, elas são seguras. Os coágulos são muito raros, as percentagens de cair um avião na vossa casa são maiores do que ter um coágulo”, disse. 

Para os mais céticos, De Villa recordou ainda que a vacinação nos lares de idosos foi um sucesso e que graças à eficácia da vacina foi possível controlar os surtos de COVID-19 e as mortes na população mais idosa. Uma das habitantes que participou na Town hall que disse que não fazia sentido desempenhar um trabalho essencial e não ser vacinada. A trabalhadora admitiu que estava exausta e que se sentia esgotada. De Villa agradeceu a dedicação dos trabalhadores essenciais, mas reiterou que a abordagem por idade e por área geográfica faz sentido. “Nunca é demais agradecer o que cada um de vocês faz por todos nós e por isso deixo aqui o meu obrigado. Faz toda a diferença vacinar primeiro as pessoas que vivem em áreas de risco com elevada transmissão do vírus porque é aí que temos mais casos. Quando tivermos mais vacinas o nosso objetivo é vacinar mais pessoas”, explicou.

A médica, tal como Bailão e Stiles, voltou a defender a importância de paid sick days para que nenhum trabalhador tenha e escolher entre ir trabalhar doente ou ficar em casa. “Os paid sick days são muito importantes, sobretudo agora, os políticos têm a responsabilidade de defender o interesse público”, referiu a médica.  

Alguma da informação municipal sobre a campanha de vacinação pode ser encontrada na webpage da autarquia de Toronto em português e Bailão informou que algumas das farmácias também disponibilizam o serviço em língua portuguesa. Os escritórios comunitários de Bailão e Stiles também têm funcionários que falam português e que podem ajudar na marcação da vacina. 

Atualmente existem quatro opções para receber uma vacina em Toronto: clínicas de vacinação em massa, hospitais locais, farmácias que podem administrar apenas vacinas AstraZeneca e clínicas pop-up. Existem nove clínicas de vacinação em massa que agora estão a vacinar pessoas com 60 ou mais anos e no caso de viverem em hot spots a clínica aceita pessoas com 50 anos ou mais. Os funcionários da área da educação elegíveis podem receber a vacina aqui, mas têm que fazer marcação e responder a um questionário. O número para o qual devem ligar é o 1-833-943-3900 que está disponível entre as 8H e as 20H. Os indocumentados podem receber a vacina desde que liguem para o 1-888-385-1910 para fazer a marcação prévia. De Villa sublinhou que outra das opções para quem prefere atendimento em português em Davenport é entrar em contato com duas agências: Abrigo Centre e West Neighbourhood House, a antiga casa de S. Cristóvão. 

Em relação às clínicas em hospitais locais estes são alguns dos hospitais que estão atualmente a vacinar: University Health Network, Unity Health Toronto, Sunnybrook Health Sciences Centre, East Toronto Health Partners, Scarborough Health Network, North York Toronto Health Partners, Humber River Hospital, William Osler Health System, North Toronto Ontario Health Team and Baycrest e the Centre for Addiction and Mental Health. Nem todos estão a vacinar pessoas entre os 50 e os 60 anos devido a insuficiência de vacinas. 

Nas farmácias, as pessoas com idades entre os 40 e os 55 anos já podem receber uma vacina na rede de farmácias Shoppers Drug Mart; Rexall, Costco, Walmart e algumas farmácias independentes. Para já as farmácias só administram vacinas da AstraZeneca, todas as outras clínicas administram Pfizer e Moderna. De Villa disse na Town Hall que teria de ser a província a alargar as outras vacinas às farmácias porque a decisão é provincial. Existem mais de 300 farmácias aderentes onde é possível receber uma dose da vacina. 

As clínicas pop-up onde pessoas a partir dos 18 anos podem receber a vacina não vão ser divulgadas publicamente. Como são altamente focadas num determinado local e temporárias os habitantes têm de estar atentos e as clínicas podem surgir em centros comunitários, locais de culto e trabalho.

A MPP de Davenport, Marit Stiles, disse que os funcionários da área da educação também estavam confusos sobre quem poderia receber a vacina. De Villa clarificou e disse que para já os funcionários que deviam receber a vacina eram aqueles que trabalhavam com crianças com cuidados especiais e tinham de deslocar-se até às escolas e os funcionários que vivem em hot spots em Toronto e na Região de Peel. A médica reitera que o principal problema agora é fornecimento e logo que esteja regularizado vai ser possível vacinar mais pessoas. 

A MPP Marit Stiles referiu que o critério do governo federal em entregar vacinas às províncias e territórios com base na população per capita prejudica Toronto. “Nós temos muita população em Toronto e por isso precisamos de mais vacinas”, argumentou.

Joana Leal/MS

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