Canadá envia Black Hawks e drones para a fronteira
A poucos dias da tomada de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo federal anunciou que vai enviar uma série de drones e dois helicópteros Black Hawk alugados para a fronteira comum, a fim de iniciar um reforço das patrulhas.
Trata-se de uma medida de última hora para apaziguar a nova administração. “Estamos esperançados – e continuamos esperançados – que a nova administração compreenda o quão incrivelmente sérios somos nesta fronteira norte”, disse o Ministro da Segurança Pública David McGuinty durante uma conferência de imprensa.
Ottawa introduziu 1,3 mil milhões de dólares em despesas na declaração económica de outono de dezembro, com o objetivo de interromper o fluxo de fentanil e reforçar a vigilância 24/7 da fronteira entre o Canadá e os EUA. O esforço para reforçar a segurança das fronteiras segue-se à ameaça de Trump de impor pesadas tarifas sobre os produtos canadianos, o que, segundo ele, é necessário em resposta às preocupações com a segurança das fronteiras, os migrantes e as drogas ilegais, especialmente o fentanil.
McGuinty, ladeado pelo chefe da Agência de Serviços de Fronteira do Canadá (CBSA) e por um alto funcionário da RCMP, disse que o governo já implantou 60 novos drones e está a instalar torres de vigilância perto da fronteira de 8.891 quilómetros.O comissário adjunto Bryan Larkin disse que a RCMP alugou dois Black Hawks a uma empresa de aviação, que serão utilizados a partir de sexta-feira (17) para reforçar a vigilância. Larkin disse que era o modelo que estava disponível para aluguer e que se adequa “ao que necessitamos”.
O governo está também a adquirir novas tecnologias, tais como raios X e analisadores químicos portáteis para travar o contrabando de droga, disse McGuinty. Acrescentou que a quantidade de fentanil apreendida pelos EUA na fronteira norte representa uma pequena fração do que é observado na fronteira sul.
CBC/MS
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