Canadá

Autoridades médicas canadianas recomendam uso de máscara social

A fronteira entre o Canadá e os EUA vai continuar encerrada mais 30 dias. A confirmação surgiu terça-feira (19) através do PM do Canadá no seu briefing diário que explicou que ainda não existe segurança para levantar as restrições nas viagens não essenciais entre os dois países pelo menos até 21 de junho. Trudeau lamentou a morte de um membro dos Snowbirds no passado domingo (17) num acidente na Colúmbia Britânica que acabou por provocar um incêndio numa habitação e enviou as suas condolências à família. Os Snowbirds estavam a fazer uma turné pelo país para levantar o ânimo das pessoas durante a pandemia da COVID-19. Jenn Casey, de 33 anos, era public affairs officer e não resistiu ao acidente. O piloto Richard McDougal sobreviveu com ferimentos ligeiros e as causas do acidente poderão demorar mais de um ano até serem apuradas.

As províncias canadianas estão a divulgar planos para aliviar as restrições que foram adotadas para limitar a propagação da COVID-19 e estas são algumas das províncias que estão a reabrir parte da economia. O Quebec reabriu lojas de retalho fora de Montreal a 11 de maio. As indústrias de construção e manufatura retomaram as operações com limites no número de funcionários que podem trabalhar por turno. Escolas primárias e creches fora de Montreal reabriram a 11 de maio, mas as escolas secundárias, os colleges e as universidades vão continuar encerradas até setembro. O Premier François Legault diz que as creches de Montreal, a área mais atingida pela COVID-19 no Quebec, vão continuar fechadas até 1 de junho. Em Manitoba o Governo está a permitir que as pessoas recebam novamente as prescrições de medicamentos para 90 dias, em vez de um mês, e os centros de saúde e os dentistas também têm ordem para reabrir. Os restaurantes estão autorizados a reabrir as esplanadas e os museus só podem preencher 50% da sua capacidade. Os concertos e outros eventos públicos de grandes dimensões não podem abrir antes de setembro em Manitoba. Em Alberta as concentrações públicas podem ir até 50 pessoas e os restaurantes só podem receber metade dos clientes. O Premier Jason Kenney diz que se a primeira fase de reabertura correr bem, a próxima fase, que passa por reabrir salas de cinema e spa, pode entrar em vigor a 19 de junho. Na Colúmbia Britânica várias empresas reabriram esta terça-feira (19) ao público com novas regras de segurança e saúde pública e a próxima fase passa por reabrir hotéis, resorts e parques em junho. Também em junho, os alunos podem regressar à escola em part-time se os pais assim o entenderem e o Governo espera reabrir as escolas a tempo inteiro em setembro. Concertos e eventos desportivos de grande escala só vão ser permitidos quando existir imunidade de grupo ou uma vacina.

O Large Employer Emergency Financing Facility abriu quarta-feira (20) e as grandes empresas podem agora candidatar-se a empréstimos para conseguir manter os funcionários empregados. O programa está aberto a grandes empresas comerciais em todos os setores, à exceção do setor financeiro e a certas empresas sem fins lucrativos, como aeroportos. O PM Justin Trudeau anunciou que os pais vão receber mais $300 de apoio por cada criança e voltou a pedir aos senhorios para recorrerem ao programa de apoio ao arrendamento comercial que deverá ser lançado em breve.

O Facebook foi condenado a pagar uma multa de $9 milhões depois de fazer “falsas alegações sobre a privacidade das informações pessoais dos canadianos”. A informação é avançada em comunicado de imprensa pelo Competition Bureau. A decisão surge depois de uma investigação às práticas de privacidade da empresa de redes sociais que foi conduzida entre 2012 e 2018. O Competition Bureau diz que “os canadianos esperam e merecem a verdade das empresas da economia digital” e sublinha que “não vai hesitar em punir empresas que prestem falsas declarações sob a forma como usam os dados pessoais dos canadianos, independentemente de serem multinacionais como o Facebook ou empresas menores”.

As autoridades médicas da Colúmbia Britânica dizem que uma segunda vaga de COVID-19 vai ser inevitável no Canadá, mas garantem que as lições aprendidas nos últimos meses vão ajudar a lidar com a segunda fase. Bonnie Henry, responsável máxima pela saúde naquela província, disse à CBC que gostava que o vírus desaparecesse, mas sublinha que nunca na história da humanidade existiu uma pandemia sem uma segunda fase. Bonnie Henry liderou a crise do SARS na Colúmbia Britânica, a segunda província canadiana a identificar o primeiro caso de COVID-19.
O presidente da Canadian Medical Association diz que o país não está preparado para uma possível segunda fase de COVID-19 e alerta que a escassez de equipamento de proteção individual e o baixo número de testes são preocupantes. “Precisamos de fazer testes sorológicos para tomar decisões sobre o que fazer a seguir, na minha opinião estamos a apostar, não estamos preparados para uma segunda vaga”, disse o Dr. Sandy Buchman. O presidente da associação disse ainda que o serviço de saúde já estava debilitado antes da pandemia e diz que o cansaço físico dos profissionais de saúde pode ter consequências catastróficas se o número de casos subir no outono.

O Governo Federal anunciou quinta-feira (21) mais apoio para os povos indígenas enfrentarem o COVID- 19. A verba de $75 milhões surge depois do Governo de Justin Trudeau ser fortemente criticado por ter ignorado os povos indígenas que vivem fora da reserva e em áreas urbanas. O Congress of Aboriginal People, que representa cerca de 90.000 indígenas que vivem fora da reserva e que não têm estatuto, foi a tribunal e acusou o Governo de ter uma resposta financeira “inadequada e discriminatória” quando comparada com outros grupos indígenas. Em março, o PM Justin Trudeau já tinha anunciado $15 milhões para este grupo de indígenas, agora o apoio total é de $90 milhões.

As autoridades de saúde pública do Canadá recomendam agora que os canadianos utilizem máscaras sociais em público quando não tiverem certeza se conseguem manter a distância física de dois metros. A Dra. Theresa Tam disse que a nova recomendação surge quando as províncias estão a aliviar as medidas de isolamento social e as pessoas começam a sair mais de casa. Os primeiros estudos de COVID-19 sugeriam que as pessoas sem sintomas não podiam transmitir o vírus, mas agora sabe-se que os assintomáticos também são capazes de transmitir a COVID-19.

Joana Leal/MS

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