Canadá

Ameaças de Trump de absorver o Canadá precisam de ser levadas a sério

Já não é uma piada

Credito: DR

O ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, disse na quarta-feira (8) que as afirmações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Canadá deveria tornar-se o 51º Estado devem ser levadas a sério, depois de inicialmente as ter considerado uma piada. “A brincadeira acabou”, disse LeBlanc. “O presidente e os seus aliados continuam a repetir isto – sabemos que não vai a lado nenhum – mas o facto de o repetir não é muito construtivo.”

LeBlanc juntou-se ao Primeiro-Ministro Justin Trudeau numa viagem à propriedade de Trump em Mar-a-Lago, na Florida, no final de novembro, depois de o Presidente eleito ter ameaçado atingir o Canadá com pesadas tarifas.

Após a reunião, a Fox News noticiou que Trump disse que se o Canadá não conseguir lidar com os efeitos económicos de uma tarifa punitiva de 25% sobre os seus produtos, deverá tornar-se o 51º estado dos EUA. Quando questionado na altura sobre o comentário de Trump, LeBlanc disse que não era para ser levado a sério. “Numa noite de convívio de três horas na residência do Presidente na Florida, num fim de semana prolongado do Dia de Ação de Graças americano, a conversa ia ser leve. O Presidente estava a contar anedotas, o Presidente estava a provocar-nos, não se tratava, obviamente, de um comentário sério”, disse LeBlanc em dezembro. Mas desde essa reunião de novembro, Trump referiu-se repetidamente ao Canadá como o “51º estado” e a Trudeau como “governador” em várias publicações nas redes sociais.

O presidente eleito repetiu a sua afirmação de que os EUA deveriam absorver o Canadá durante uma conferência de imprensa na terça-feira e que consideraria usar a “força económica” para que isso acontecesse. “Isso seria realmente algo extraordinário”, disse ele em Palm Beach, Flórida. “Livramo-nos da linha artificialmente traçada e analisamos o seu aspeto, o que também contribuiria para uma segurança nacional muito melhor.”

Embora tenha afirmado que não está a considerar a possibilidade de recorrer à força militar contra o Canadá, não excluiu a opção de os Estados Unidos retomarem o controlo do Canal do Panamá e adquirirem o território dinamarquês da Gronelândia.

Os últimos comentários de Trump suscitaram uma reação mais enérgica de Trudeau do que a que tem dado nas últimas semanas. “Não há a menor hipótese de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos”, escreveu Trudeau numa publicação nas redes sociais na terça-feira (7).

Na quarta-feira, vários ministros do governo federal disseram que os comentários de Trump devem ser levados a sério. “Quando o presidente eleito Trump fala, temos de o ouvir e temos de o levar muito a sério”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, aos jornalistas. “Nunca encaro as suas ameaças de ânimo leve. Ao mesmo tempo, não podemos morder o isco”, afirmou.

O Ministro da Imigração, Marc Miller, disse que “não há hipótese nenhuma” de o Canadá se tornar parte dos EUA. “Primeiro, teriam de nos encontrar num mapa”, gracejou Miller. “É um disparate. É impróprio de um presidente, de qualquer presidente que diga isso. Mas temos de o levar a sério”.

CBC/MS

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