A visita de Estado do presidente do Brasil a Portugal, marcada pela intervenção no Parlamento no dia 25 de abril, irá começar um dia antes do previsto. Vai prolongar-se por cinco dias, até terça-feira.
Lula da Silva viaja esta quinta-feira à noite para Portugal e aterra durante a manhã de sexta-feira em Lisboa, horas antes do que estava previsto, avança a imprensa brasileira. Inicialmente, a agenda do chefe de Estado brasileiro previa o embarque durante a manhã de sexta-feira.
De acordo com o jornal “O Globo”, sexta-feira deverá ser um dia livre, com o programa de compromissos, que ainda não é público, a arrancar no sábado. Sabido é que o presidente brasileiro vai discursar no Parlamento às 10 horas de terça-feira, dia 25 de abril, numa sessão solene que contará com intervenções do próprio e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva. Segundo avança a CNN Portugal, Lula não vai ficar para a cerimónia solene do 49.º aniversário do 25 de Abril, que terá lugar pelas 11.30 horas.
A viagem de Lula da Silva a Portugal, que se prolongará por cinco dias, acontece no rescaldo das declarações polémicas do presidente brasileiro recém-empossado sobre a guerra na Ucrânia, que mereceram condenação nacional e internacional. O chefe de Estado defendeu, na presença do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que a solução pacífica para acabar com a guerra seria a Ucrânia desistir dos seus territórios, considerando que as culpas deviam ser repartidas pelos dois lados.
“Correção” não satisfaz comunidade ucraniana em Portugal
Embora o chefe de Estado tenha tentado compôr o ramalhete dias depois, acabando por condenar a violação da integridade territorial do país invadido, a comunidade ucraniana em Portugal não deixou passar as declarações em branco. Numa carta aberta que será entregue na sexta-feira na Embaixada do Brasil em Lisboa, os signatários manifestam preocupação e apreensão por entender que o Brasil caminha para o lado errado da História.
“Ninguém quer ver o bom nome do Brasil, enquanto nação democrática e livre, manchado como aliado do regime criminoso do Kremlin, pelo que as recentes declarações nos deixaram muito preocupados e apreensivos”, lê-se na missiva, rubricada pelos presidentes do Congresso Europeu dos Ucranianos, Bogdan Raicinec, e da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha.
Para os signatários do documento, que pretendem “clarificar” a ideia errada de Lula da Silva sobre a guerra, “qualquer acordo de paz justa proposto pela Federação Russa acabará em campos de concentração para o extermínio da nação ucraniana com a solução silenciosa ‘Z'”, uma referência à letra pintada nos veículos militares russos usados na invasão.
“Já vivemos a situação no século passado com a ação de extermínio perpetrada pelos nazis e que culminou com a organização comunista do Holodomor, numa tentativa de
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