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Brasil anuncia primeira vacina nacional contra o coronavírus

epa08925201 People walk at the Vila Olimpia metro station in Sao Paulo, Brazil, 07 January 2021. Sao Paulo’s Government has requested the Brazilian Government for the emergency use of the Sinovac vaccine, developed by the Chinese laboratory Sinovac in association with the Brazilian Butantan. The Sinovac vaccine has reported a 78 percent efficacy. EPA/Sebastiao Moreira

O Brasil anunciou, esta sexta-feira, que vai fabricar uma vacina própria, a Butanvac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, contra a covid-19, que aguarda autorização dos órgãos reguladores para começar imediatamente os testes em pessoas.

“É um anúncio histórico para o mundo. A vacina cem por cento nacional, com testes promissores e fruto do trabalho de uma instituição de 120 anos, que é a maior produtora de vacinas do hemisfério sul”, disse o governador de São Paulo, João Doria, numa conferência de imprensa na sede do Instituto Butantan.

A primeira vacina brasileira contra a covid-19 será integralmente desenvolvida pelo Instituto Butantan e usará a mesma tecnologia aplicada na vacina contra a gripe.

O governo ‘paulista’ indicou que espera terminar a investigação com voluntários até julho, o que em tese permitiria a aplicação da vacina, caso a eficácia seja comprovada, no segundo semestre deste ano.

Butantan informou que pretende iniciar a produção deste imunizante em maio.

Segundo o governador ‘paulista’, a previsão é que 40 milhões de doses da Butanvac estejam disponíveis no país ainda este ano.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, explicou que a nova vacina usa um vírus inativado que é inoculado em ovos embrionários, um método tradicional já utilizado para a produção da vacina da gripe.

“Nós já estamos falando de uma segunda geração de vacinas. Já é a vacina ‘2.0’. Aprendemos com as vacinas anteriores e sabemos o que é uma boa vacina para a covid-19. Ela [Butanvac] é mais imunogénica e, portanto, poderemos usar menores doses da vacina por pessoa”, afirmou Covas.

O diretor do Butantan também frisou que o instituto pretende “oferecer essa vacina a países de baixo e médio rendimento, que é onde é preciso combater a pandemia”.

“A pandemia pode estar sob controlo na América do Norte e na Europa, mas o vírus continuará em países da ÁfricaÁsia e América Latina América”, advertiu.

O medicamento em desenvolvimento já passou pelos testes pré-clínicos, realizados em animais, para detetar possíveis efeitos positivos ou de toxicidade.

Uma das características deste projeto de vacina é que ele já leva em conta a variante brasileira, chamada P1.

Os testes clínicos em humanos da Butanvac necessitam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Covas, a documentação e o pedido para a continuidade da pesquisa serão enviados hoje à agência reguladora.

Se os testes em humanos forem autorizados, contarão com a participação de 1.800 voluntários nas fases um e dois.

Na fase três, que determina a eficácia de uma vacina, a previsão é de seleção de 7 mil a 9 mil voluntários.

O governo paulista também informou que enviará ainda hoje à Organização Mundial de Saúde (OMS) toda a documentação para acompanhar o processo de desenvolvimento do medicamento em todas as suas fases.

A Butanvac foi criada dentro de um consórcio em parceria com órgãos de investigação do Vietname e da Tailândia.

O Butantan, um instituto de investigação brasileiro subordinado ao governo regional do estado de São Paulo, embala e também desenvolve a produção da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, que é usada em 90% dos vacinados no Brasil.

Os outros dez por cento dos imunizados no país estão a receber doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

O Brasil, o segundo país do mundo com mais casos de infeção e mortes associadas à covid-19, já registou 303.462 óbitos e 12.320.169 casos de covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

JN

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