O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou esta terça-feira “centenas de casos de violações” registados em áreas que estiveram sob ocupação do exército russo, “incluindo meninas menores de idade e crianças muito pequenas”.
“Nas áreas libertadas da ocupação, o registo e a investigação de crimes de guerra cometidos pela Rússia continuam. Quase todos os dias são encontradas novas valas comuns”, disse Zelensky, dirigindo-se ao Parlamento lituano através de vídeo.
“Milhares e milhares de vítimas. Centenas de casos de tortura. Continuamos a encontrar corpos em canalizações e em caves”, acrescentou.
“Foram registadas centenas de casos de violações, incluindo de meninas e crianças menores de idade. Até de um bebé! Só falar sobre isso é assustador”, lamentou o presidente ucraniano.
Segundo afirmou, sem entrar em detalhes, um vídeo alegadamente enviado por um paraquedista ou membro dos serviços especiais russos, que já terá sido identificado, “mostra o que está a fazer com o bebé e como o está a torturar”.
O presidente lituano, Gitanas Nauseda, reagiu emocionalmente ao relato de Zelensky sobre o bebé violado, referindo que “é simplesmente impossível imaginar horror maior”.
Zelensky também lamentou que “alguns países da União Europeia ainda não tenham tido a coragem de decidir se vão restringir as importações russas de hidrocarbonetos”, apesar dos “assassinatos em massa em Bucha, das deportações de populações” e da “destruição premeditada de cidades pacíficas por mísseis e bombas russos”.
Várias organizações humanitárias têm denunciado que os russos estão a violar pessoas como “arma de guerra”, alegações que vários órgãos de imprensa têm vindo a relatar com histórias e testemunhos de vítimas.
JN/MS
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