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Violou quatro raparigas e ficou em liberdade

milenio stadium - viola e ficou em liberdade
Christopher Belter
Foto: DR

 

Christopher Belter foi acusado de violar uma rapariga e de abusar sexualmente de outras três, com idades entre os 15 e 16 anos. Apesar de se ter declarado culpado dos crimes, o jovem, com 20 anos, conseguiu escapar da prisão e foi condenado apenas a oito anos de liberdade condicional. A decisão do juiz do estado norte-americano de Nova Iorque deixou as vítimas indignadas.

O juiz Matthew J. Murphy III achou que uma pena de prisão não era “apropriada” para Christopher e decidiu condenar o jovem, de uma família influente e rica e que se tinha declarado culpado de violação e de abuso sexual de quatro adolescentes, a oito anos em liberdade condicional e ainda a registar-se como um agressor sexual.

“Não tenho vergonha de dizer que rezei sobre qual deveria ser sentença apropriada neste caso, porque houve uma grande dor. Houve grandes danos, houve múltiplos crimes cometidos”, disse o juiz.

“Parece-me que uma sentença que envolva a prisão não é apropriada, por isso vou condená-lo à liberdade condicional”, revelou Matthew J. Murphy III em julgamento.

O juiz avisou ainda Belter, que é branco e frequentou uma escola privada de elite para rapazes, que tinha de seguir um conjunto rigoroso de condições. “Vai ser como uma espada pendurada sobre a sua cabeça durante os próximos oito anos”, admitiu.

Uma das vítimas, que esteve presença na leitura da sentença e testemunhou contra o agressor, disse à “CBS News” que se sentiu enjoada e tremeu de raiva e repugnância quando ouviu a condenação.

“Eu falhei completamente. Foi como se estivesse a ser vítima de novo”, disse a mulher, que pediu para ser identificada como MM, ao canal americano.

A jovem continuou e admitiu que Belter é um perigo para outras mulheres, porque “isto é um padrão e ele vai atacar novamente”. MM tinha apenas 16 anos quando foi violada por Christopher Belter.

Os advogados do agressor garantiram em tribunal que “ele estava tremendamente arrependido do que fez”. Mas MM acredita antes que “ele estava apenas a dizer o que era preciso para conseguir escapar da prisão e funcionou.”

“Terei de viver com isto para o resto da minha vida, sabendo que ele anda pelas ruas e que outra rapariga pode ser vítima dele em qualquer dia. É aterrador”, confessou a jovem, que admitiu também”que nenhuma das vítimas ou ela própria vão conseguir ultrapassar o incidente até saberem que ele está preso”.

Os advogados das vítimas garantiram que as mulheres estavam indignadas e perturbadas com a decisão do juiz.

“Se este indivíduo não fosse um miúdo branco rico de origem privilegiada e de uma família influente, estaria agora mesmo na prisão”, admitiu Steven Cohen, advogado da MM, à “CBS News”.

Ainda assim, a vítima MM garantiu que não se arrepende de ter falado e de ter testemunhado contra o violador. No entanto, acredita que esta decisão pode influenciar futuras mulheres que terão receio de falar.

“Se eu fosse alguém a ver isto agora mesmo, olhando para este caso como vítima de violação ou de agressão sexual – quer dizer, eu pensaria de que vale a pena vir à frente”, disse ela. “Porquê sujeitar-se à dolorosa experiência de testemunhar, quando não vai haver um bom resultado?”

Os ataques aconteceram durante as festas que Christopher Belter deu na mansão da sua família em Lewiston, Nova Iorque. Tinha 17 anos.

JN/MS

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