André Ventura avisou que “ninguém compreenderia” que os partidos recusassem a eleição de um vice-presidente da Assembleia da República (AR) indicado pelo Chega. O deputado lembrou que as pessoas estão atentas e que ficarão “revoltadas” caso haja algum “jogo de bastidores”.
Dessa forma, o líder do Chega disse querer acreditar que os partidos de Esquerda não irão impedir a eleição. Caso contrário, referiu, o país assistirá a um “péssimo início de legislatura”: “Ninguém em Portugal compreenderia e os partidos ficariam muito mal vistos”, referiu. O PCP já confirmou que não votará a favor de um vice do Chega.
Ventura explicou que, apesar de não se rever no anterior presidente da AR, Ferro Rodrigues, sempre respeitou “o momento dos outros”. Argumentando que o eventual chumbo abre a porta ao afastamento de deputados do Chega da presidência de comissões parlamentares, atirou: “Daqui a bocado, mais vale tirarem os nossos deputados de lá”.
Críticas ao PSD: Chega não fará “oposição passiva”
Ventura confirmou que não será ele o vice-presidente da AR a indicar pelo Chega. O nome ainda não está definido (terá de ser um dos 12 deputados do partido), mas será alguém com um “percurso que fale por si”, que tenha “notoriedade”, “alguma experiência” e que dê “garantias”.
Tal como a IL tinha feito minutos antes, também o Chega revelou a intenção de propor o regresso dos debates quinzenais no Parlamento com o primeiro-ministro. Estes terminaram em 2020, na sequência de um acordo entre PS e PSD.
Ventura voltou a reivindicar o papel temporário de líder da oposição: “Deixamos a garantia de que, enquanto o PSD não se reconfigura, seremos a oposição de que o país precisa”, referiu, criticando a postura “colaborante e passiva” de Rui Rio.
O líder da extrema-direita considerou ainda que as maiorias absolutas são “propícias a abusos”, assegurando que não permitirá que o Parlamento seja “secundarizado” pelo Governo.
JN/MS
Redes Sociais - Comentários