Os recursos naturais são limitados. A capacidade de regeneração ambiental da Terra é atualmente levada para além do limite.
São várias as vertentes do esforço e desgaste que existem sobre o frágil equilíbrio do nosso planeta. A excessiva utilização de matérias-primas naturais, a poluição do ar, dos rios e oceanos, a poluição e desgaste dos solos, as alterações climáticas pelo aumento global de temperatura e alteração de ecossistemas, a extinção de aproximadamente 60% de espécies nos últimos 80 anos, o cenário não é nada positivo. A sustentabilidade do planeta é também a sustentabilidade da humanidade – sem uma sociedade próspera, o equilíbrio não é possível.
Em 2015 as Nações Unidas lançaram a Agenda 2030, com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, citando a informação disponibilizada pela ONU:
“A Agenda 2030 é uma agenda alargada e ambiciosa que aborda várias dimensões do desenvolvimento sustentável (sócio, económico, ambiental) e que promove a paz, a justiça e instituições eficazes. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável têm como base os progressos e lições aprendidas com os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, estabelecidos entre 2000 e 2015, e são fruto do trabalho conjunto de governos e cidadãos de todo o mundo. A Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são a visão comum para a Humanidade, um contrato entre os líderes mundiais e os povos e “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”.”
“17 Objetivos para transformar o nosso mundo”
- Erradicar a pobreza
- Erradicar a fome
- Saúde de qualidade
- Educação de qualidade
- Igualdade de género
- Água potável e saneamento
- Energias renováveis e acessíveis
- Trabalho digno e crescimento económico
- Indústria, inovação e infraestruturas
- Reduzir as desigualdades
- Cidades e comunidades sustentáveis
- Produção e consumo sustentáveis
- Ação climática
- Proteger a vida marinha
- Proteger a vida terrestre
- Paz, justiça e instituições eficazes
- Parcerias para as implementações dos objetivos.
A lista está apresentada, os objetivos identificados, porém a ação tarda.
Esperemos que nos próximos nove anos que faltam até 2030 alguma coisa se faça, os últimos cinco foram de poucas e por vezes ineficazes iniciativas. O trabalho deverá ser conjunto, de cidadãos, governos e empresas. 2030 é uma data ambiciosa? Sim, é. Porém, é uma data que reflete a urgência da situação.
Podemos sempre desresponsabilizar-nos, dizermos que as nossas ações nada significarão ou valerão, enquanto indivíduos isolados. Será que os nossos descentes compreenderão esse baixar de braços?
Paulo Gil Cardoso/MS
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